INFECÇÕES ASSOCIADAS AS FRATURAS FECHADAS E EXPOSTAS: DESCRIÇÃO DO DESFECHO CLÍNICO E MICROBIOLÓGICO
Objetivos: Infecções relacionada à fraturas (IRF) têm sido umas das principais complicações em paciente vítima de trauma ortopédico e na maioria das vezes estão associadas a um desfecho não favorável. No contexto da pandemia de COVID-19 ocorreu um remodelamento do perfil de pacientes e readequação d...
Main Authors: | , , , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2022-01-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867021003627 |
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author | Eduardo Cezar Santos Stefânia Prebianchi Gabrielle Picanço Rilhas Carolina Coelho Cunha Paula Caroline Werlang Custodio Rodrigo Correa Pinheiro Adriana Macedo Dell'Aquilla Carlos Augusto Finelli Fernando Baldy dos Reis Mauro José Salles |
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description | Objetivos: Infecções relacionada à fraturas (IRF) têm sido umas das principais complicações em paciente vítima de trauma ortopédico e na maioria das vezes estão associadas a um desfecho não favorável. No contexto da pandemia de COVID-19 ocorreu um remodelamento do perfil de pacientes e readequação de fluxo cirúrgico de pacientes com fraturas ortopédicas. O objetivo do estudo é avaliar o impacto da pandemia no desfecho clínico e cirúrgico em pacientes submetidos a correção cirúrgica de fraturas fechadas e expostas. Material e métodos: Estudo de coorte prospectivo e unicêntrico conduzido de Dezembro 2019 a Fevereiro 2021 em São Paulo - Brasil com pacientes vítimas de trauma que apresentaram fraturas ortopédicas com necessidade de abordagem cirúrgica para correção das fraturas, o objetivo de analisar o desfecho clínico e cirúrgico, avaliando a taxa de incidência e prevalência de infecção relacionada à fratura. Resultados: Foram avaliados 132 pacientes e desses, 75% eram do sexo masculino, com média de idade igual a 50,4 anos. A taxa de infecção geral foi de 15,9% sendo que 12,9% de forma tardia e 3% de forma precoce. As variáveis de risco associados à IAF, utilizando-se a análise univariada, que mostraram significância estatística foram: uso recente de antibióticos no pré-operatório (p = 0,002), tipo de fratura (exposta vs. fechada, p < 0,001), uso de fixador externo (com vs. sem, p = 0,015), osteossíntese com placa e parafuso (p = 0,006), mecanismo da lesão (acidente automobilístico vs outros, p = 0,023), infecção por COVID (p = 0,028). Todavia, após análise conjunta de forma multivariada, o uso recente e pré-operatório de antibiótico e a presença de neoplasia foram fatores de risco independente para IAF. Na análise de sobrevida para identificar os fatores de risco relacionados ao tempo até o diagnóstico de IAF e ao óbito, as variáveis que demonstraram significância estatística foram: uso de antibiótico prévio, tabagismo e as fraturas expostas. O microorganismo mais comumente isolado foi a Klebsiella pneumoniae (23,50%). Conclusão: Uso recente e pré-operatório de antibiótico, uso de fixador externo, fratura exposta, queda de altura, osteossíntese com placa e parafuso, neoplasia e infecção por Covid-19 são fatores de riscos associados ao desfecho infecção no tratamento cirúrgico de fraturas ortopédicas. |
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spelling | doaj.art-2db4be6a7be9412290b7a67addb91dbb2022-12-21T19:49:59ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702022-01-0126101893INFECÇÕES ASSOCIADAS AS FRATURAS FECHADAS E EXPOSTAS: DESCRIÇÃO DO DESFECHO CLÍNICO E MICROBIOLÓGICOEduardo Cezar Santos0Stefânia Prebianchi1Gabrielle Picanço Rilhas2Carolina Coelho Cunha3Paula Caroline Werlang Custodio4Rodrigo Correa Pinheiro5Adriana Macedo Dell'Aquilla6Carlos Augusto Finelli7Fernando Baldy dos Reis8Mauro José Salles9Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, BrasilObjetivos: Infecções relacionada à fraturas (IRF) têm sido umas das principais complicações em paciente vítima de trauma ortopédico e na maioria das vezes estão associadas a um desfecho não favorável. No contexto da pandemia de COVID-19 ocorreu um remodelamento do perfil de pacientes e readequação de fluxo cirúrgico de pacientes com fraturas ortopédicas. O objetivo do estudo é avaliar o impacto da pandemia no desfecho clínico e cirúrgico em pacientes submetidos a correção cirúrgica de fraturas fechadas e expostas. Material e métodos: Estudo de coorte prospectivo e unicêntrico conduzido de Dezembro 2019 a Fevereiro 2021 em São Paulo - Brasil com pacientes vítimas de trauma que apresentaram fraturas ortopédicas com necessidade de abordagem cirúrgica para correção das fraturas, o objetivo de analisar o desfecho clínico e cirúrgico, avaliando a taxa de incidência e prevalência de infecção relacionada à fratura. Resultados: Foram avaliados 132 pacientes e desses, 75% eram do sexo masculino, com média de idade igual a 50,4 anos. A taxa de infecção geral foi de 15,9% sendo que 12,9% de forma tardia e 3% de forma precoce. As variáveis de risco associados à IAF, utilizando-se a análise univariada, que mostraram significância estatística foram: uso recente de antibióticos no pré-operatório (p = 0,002), tipo de fratura (exposta vs. fechada, p < 0,001), uso de fixador externo (com vs. sem, p = 0,015), osteossíntese com placa e parafuso (p = 0,006), mecanismo da lesão (acidente automobilístico vs outros, p = 0,023), infecção por COVID (p = 0,028). Todavia, após análise conjunta de forma multivariada, o uso recente e pré-operatório de antibiótico e a presença de neoplasia foram fatores de risco independente para IAF. Na análise de sobrevida para identificar os fatores de risco relacionados ao tempo até o diagnóstico de IAF e ao óbito, as variáveis que demonstraram significância estatística foram: uso de antibiótico prévio, tabagismo e as fraturas expostas. O microorganismo mais comumente isolado foi a Klebsiella pneumoniae (23,50%). Conclusão: Uso recente e pré-operatório de antibiótico, uso de fixador externo, fratura exposta, queda de altura, osteossíntese com placa e parafuso, neoplasia e infecção por Covid-19 são fatores de riscos associados ao desfecho infecção no tratamento cirúrgico de fraturas ortopédicas.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867021003627 |
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