SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO: O REBAIXAMENTO DA EDUCAÇÃO À SUBMISSÃO DOS IMPERATIVOS DO CAPITAL

Analisamos neste artigo através do ponto de vista teórico marxiano o discurso da sustentabilidade defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial e UNESCO a partir da década de 80 do séc. XX. O referido projeto propõe a transmissão de valores “éticos” aos indivíduos como a “saída”...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luciano Accioly Lemos Moreira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Laboratório de Estudos do Trabalho e Qualificação Profissional - LABOR 2017-03-01
Series:Revista Labor
Online Access:http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/9284
Description
Summary:Analisamos neste artigo através do ponto de vista teórico marxiano o discurso da sustentabilidade defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial e UNESCO a partir da década de 80 do séc. XX. O referido projeto propõe a transmissão de valores “éticos” aos indivíduos como a “saída” para a humanidade em crise. No entanto, o que se percebe por meio da análise do discurso da sustentabilidade é o rebaixamento da educação num duplo aspecto: em primeiro lugar, no esvaziamento da transmissão dos conteúdos científicos, estéticos e culturais decantados pela humanidade aos indivíduos em prol da transmissão de uma “ética” sustentável; num segundo aspecto, na transferência de conhecimentos “básicos”/mínimos para os indivíduos pobres/classe dominada sobreviver, manter sua existência e a ordem do capital. Esse tipo de educação, e consequentemente, esse tipo de homem da sustentabilidade, responde ideológica e politicamente às necessidades da manutenção da ordem e do respeito às premissas estruturais que sustentam a sociabilidade do capital e sua lógica produtiva desigual
ISSN:1983-5000