Música clássica e estilo no cinema de Hong Sang-soo: parametria e Romantismo europeu
A música clássica europeia está muito presente na educação formal no Leste Asiático e é ouvida em vários filmes do cineasta sul-coreano Hong Sang-soo. É um repertório que o interessa pessoalmente, como relatado em entrevistas,e o diretor operaativamente na criação e...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2024-04-01
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description | A música clássica europeia está muito presente na educação formal no Leste Asiático e é ouvida em vários filmes do cineasta sul-coreano Hong Sang-soo. É um repertório que o interessa pessoalmente, como relatado em entrevistas,e o diretor operaativamente na criação e escolha da música na maioria dosseusfilmes, em um processoque corresponde ao conceito deGorbmande “música de autor”. O objetivo deste artigoé, após uma breve apreciação do uso da música nos filmes de Hong até 2020,com ênfase no repertórioclássico, destacar três deles–Filha de ninguém(de 2013), Na praia à noite sozinha (de 2017) e Silvestre(de 2018)–por causa darelevância da música em sua estrutura, especialmentedeobras musicaisrelacionadasao Romantismoeuropeu, bem como dealgumas imagensque remetem ao Romantismo pictórico.Para isso, usamos métodos de análise fílmica. Em Filha de ninguém, a música de Beethoven é parte da estrutura paramétrica–definidapor Bordwelle aplicadaà filmografia de Hong por Medeiros –em momentos de excesso de sentimentos. Em Na praia à noite sozinha, a música de Schubert marca momentos estruturais chaves e de melancolia. Nesses dois filmes, relacionamos as imagens dos momentosde músicacom pinturas do romântico alemão Caspar David Friedrich. Em Silvestre, Schubert e Wagner tocamao fundo de conversastensas, havendo relações entre os movimentosda música e osdas falas, com contrastesentre a grandiosidade da música e a contenção dos personagens,ou vice-versa. |
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spelling | doaj.art-2e389b5f329f47e6b6d8d2e3d1011e7e2024-04-11T18:27:10ZporUniversidade Federal do Rio Grande do SulIntexto1807-85832024-04-010561 2110.19132/1807-8583.56.138127 Música clássica e estilo no cinema de Hong Sang-soo: parametria e Romantismo europeuLuíza Beatriz Alvim0https://orcid.org/0000-0003-4816-6790Universidade Federal do Rio de JaneiroA música clássica europeia está muito presente na educação formal no Leste Asiático e é ouvida em vários filmes do cineasta sul-coreano Hong Sang-soo. É um repertório que o interessa pessoalmente, como relatado em entrevistas,e o diretor operaativamente na criação e escolha da música na maioria dosseusfilmes, em um processoque corresponde ao conceito deGorbmande “música de autor”. O objetivo deste artigoé, após uma breve apreciação do uso da música nos filmes de Hong até 2020,com ênfase no repertórioclássico, destacar três deles–Filha de ninguém(de 2013), Na praia à noite sozinha (de 2017) e Silvestre(de 2018)–por causa darelevância da música em sua estrutura, especialmentedeobras musicaisrelacionadasao Romantismoeuropeu, bem como dealgumas imagensque remetem ao Romantismo pictórico.Para isso, usamos métodos de análise fílmica. Em Filha de ninguém, a música de Beethoven é parte da estrutura paramétrica–definidapor Bordwelle aplicadaà filmografia de Hong por Medeiros –em momentos de excesso de sentimentos. Em Na praia à noite sozinha, a música de Schubert marca momentos estruturais chaves e de melancolia. Nesses dois filmes, relacionamos as imagens dos momentosde músicacom pinturas do romântico alemão Caspar David Friedrich. Em Silvestre, Schubert e Wagner tocamao fundo de conversastensas, havendo relações entre os movimentosda música e osdas falas, com contrastesentre a grandiosidade da música e a contenção dos personagens,ou vice-versa.https://doi.org/10.19132/1807-8583.56.138127músicacinemahong sang-sooromantismo;parametria |
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