Cronótopos de uma nação distópica: o nascimento da "dependência" no México porfiriano tardio

Este artigo desenvolve uma nova abordagem sobre a antropologia e a história de fronteiras nacionais. Ele propõe uma tipologia e uma caracterização fenomenológica de duas formas de se atravessar a fronteira que surgiram paralelamente a uma nova relação de dependência econômica e política entre o Méxi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Claudio Lomnitz
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2009-04-01
Series:Mana
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132009000100004
Description
Summary:Este artigo desenvolve uma nova abordagem sobre a antropologia e a história de fronteiras nacionais. Ele propõe uma tipologia e uma caracterização fenomenológica de duas formas de se atravessar a fronteira que surgiram paralelamente a uma nova relação de dependência econômica e política entre o México e os Estados Unidos da América no final do século XIX. Tais novas modalidades de se atravessar a fronteira envolvem o desenvolvimento de novos "cronótopos", ou seja, novas e concorrentes matrizes espaços-temporais que foram utilizadas para enquadrar a relação entre o México e os EUA. Este artigo analisa a qualidade, a natureza e o preço destas formas alternativas de historicidade por intermédio de uma análise detalhada de dois textos jornalísticos cruciais: a entrevista do General Porfírio Diaz por James Creelman (1908) e a reportagem de Kenneth Turner sobre a escravidão mexicana (1910).<br>This paper develops a novel approach to anthropology and history of international borders. It proposes a typology and a phenomenological characterization of two kinds of border crossings that emerged alongside the new relationship of economic and political dependency that developed between México and the United States in the last quarter of the 19th century. The new border crossings involved the development of new 'chronotopes', in other words new and competing spatial-temporal matrices, used to frame the relationship between México and the United States. This paper analyzes the quality, nature and stakes of these alternative forms of historicity by way of a close case study of two pivotal journalistic texts: James Creelman's (1908) interview of General Porfírio Diaz, and John Kenneth Turner's (1910) reportage and exposé of Mexican slavery.
ISSN:0104-9313
1678-4944