UM ESTUDO DE PREPOSIÇÕES EM CONTEXTO DE CONSTRUÇÕES DE VERBO AUXILIAR

RESUMO Neste artigo, descrevemos e analisamos construções da língua portuguesa formadas por [verbo auxiliar + preposição + infinitivo], que são aqui abordadas num viés pancrônico, pautado numa concepção cognitivista e multissistêmica de língua(gem). Nosso objetivo maior consiste em explicar por que,...

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Main Author: Sueli Maria COELHO
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 2021-07-01
Series:Alfa: Revista de Lingüística
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942021000100211&tlng=en
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description RESUMO Neste artigo, descrevemos e analisamos construções da língua portuguesa formadas por [verbo auxiliar + preposição + infinitivo], que são aqui abordadas num viés pancrônico, pautado numa concepção cognitivista e multissistêmica de língua(gem). Nosso objetivo maior consiste em explicar por que, em algumas dessas construções, a preposição tende a ser apagada, sobretudo em contextos de oralidade, sem que tal apagamento resulte em prejuízo para a boa formação da sentença, enquanto em outras o liame preposicional deve obrigatoriamente se interpor entre o verbo auxiliar e a forma nominal de infinitivo, sob pena de se comprometer a boa formação do composto. No entorno dessa questão maior, buscamos ainda descrever que tipo de preposição ocorre nessas construções, a correlação entre o tipo de preposição e a função gramatical (tempo, aspecto, modalidade) codificada pela construção, além de identificar fatores condicionantes da presença da preposição nesses contextos. Os resultados obtidos acusam que apenas as preposições A, DE, PARA e POR podem ocorrer nesses contextos e que elas são herdadas do contexto de reanálise da construção, majoritariamente ligado a um ambiente sintático de finalidade. A opcionalidade da preposição no contexto é restrita à preposição A e condicionada por uma imbricação de fatores de natureza fonológica, prosódica e semântica.
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spelling doaj.art-30c3175e17b34db5a266344a4dea58e02022-12-22T04:16:09ZengUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoAlfa: Revista de Lingüística1981-57942021-07-016510.1590/1981-5794-e12953UM ESTUDO DE PREPOSIÇÕES EM CONTEXTO DE CONSTRUÇÕES DE VERBO AUXILIARSueli Maria COELHOhttps://orcid.org/0000-0003-4021-0339RESUMO Neste artigo, descrevemos e analisamos construções da língua portuguesa formadas por [verbo auxiliar + preposição + infinitivo], que são aqui abordadas num viés pancrônico, pautado numa concepção cognitivista e multissistêmica de língua(gem). Nosso objetivo maior consiste em explicar por que, em algumas dessas construções, a preposição tende a ser apagada, sobretudo em contextos de oralidade, sem que tal apagamento resulte em prejuízo para a boa formação da sentença, enquanto em outras o liame preposicional deve obrigatoriamente se interpor entre o verbo auxiliar e a forma nominal de infinitivo, sob pena de se comprometer a boa formação do composto. No entorno dessa questão maior, buscamos ainda descrever que tipo de preposição ocorre nessas construções, a correlação entre o tipo de preposição e a função gramatical (tempo, aspecto, modalidade) codificada pela construção, além de identificar fatores condicionantes da presença da preposição nesses contextos. Os resultados obtidos acusam que apenas as preposições A, DE, PARA e POR podem ocorrer nesses contextos e que elas são herdadas do contexto de reanálise da construção, majoritariamente ligado a um ambiente sintático de finalidade. A opcionalidade da preposição no contexto é restrita à preposição A e condicionada por uma imbricação de fatores de natureza fonológica, prosódica e semântica.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942021000100211&tlng=enPreposiçãoConstrução de verbo auxiliar de incidência indiretaAspecto verbalTempoModalidade
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