Somos todos mortais: o coronavírus e a natureza aberta da história

No presente ensaio Rita Segato mobiliza um conjunto de interpretações sobre o possível significado da pandemia do novo coronavírus, em que ele é compreendido como: 1) catalisador de um colapso da ilusão neoliberal; 2) justificativa para a imposição de um estado de exceção; 3) “solução final”; 4) ac...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Loren Marie Vituri Berbert, Rita Laura Segato, Renato Bradbury de Oliveira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2021-02-01
Series:Em Tese
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/79158
Description
Summary:No presente ensaio Rita Segato mobiliza um conjunto de interpretações sobre o possível significado da pandemia do novo coronavírus, em que ele é compreendido como: 1) catalisador de um colapso da ilusão neoliberal; 2) justificativa para a imposição de um estado de exceção; 3) “solução final”; 4) acessório de uma abordagem bélica de estabelecimento de novos inimigos; 5) sintoma da forma insustentável como tratamos o meio ambiente; e 6) arauto da necessidade de uma politicidade em chave feminina. Todas elas, entretanto, estariam fundadas numa vontade de onipotência: a de enquadrar a história em um rumo previsível. Diante da incomunicabilidade deste evento do presente, ela defende como prioridade a abertura para o imprevisível, e a proteção da vida no aqui e agora.
ISSN:1806-5023