Coparentalidade aos 24 meses da criança: um estudo qualitativo

O objetivo deste estudo foi investigar a coparentalidade aos 24 meses da criança. Trata-se de pesquisa qualitativa, da qual participaram 10 famílias nucleares, com um único filho. A mãe e o pai responderam entrevista sobre sua experiência de maternidade e paternidade, respectivamente. Essas entrevi...

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Main Authors: Beatriz Schmidt, Maitê Schneider, Rita de Cássia Sobreira Lopes, Cesar Augusto Piccinini
Format: Article
Language:English
Published: Universidad del Rosario 2022-09-01
Series:Avances en Psicología Latinoamericana
Subjects:
Online Access:https://revistas.urosario.edu.co/index.php/apl/article/view/8661
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description O objetivo deste estudo foi investigar a coparentalidade aos 24 meses da criança. Trata-se de pesquisa qualitativa, da qual participaram 10 famílias nucleares, com um único filho. A mãe e o pai responderam entrevista sobre sua experiência de maternidade e paternidade, respectivamente. Essas entrevistas foram examinadas por análise temática dedutiva, considerando os temas componentes do modelo de coparentalidade de Feinberg: divisão de trabalho, acordo nos cuidados, apoio versus depreciação coparental e gerenciamento das interações familiares. Os resultados revelaram que cuidados básicos e tarefas domésticas estavam sob responsabilidade predominantemente materna, enquanto o envolvimento paterno se dava sobretudo em atividades de lazer, tais como brincadeiras e passeios. Houve predomínio de relatos de satisfação quanto à divisão de trabalho. Sobre acordo nos cuidados, os participantes enfatizaram especialmente os desafios de negociar e estabelecer limites apropriados à criança aos 24 meses, visando à promoção das novas habilidades e da autorregulação infantil, bem como à prevenção de acidentes. Relatos de apoio e de depreciação coparental coexistiram nas famílias. Assim, evidenciou-se respeito de um genitor às contribuições do outro, admiração e manutenção da autoridade, embora também culpabilização, crítica e competição entre a mãe e o pai. Quanto ao gerenciamento das interações familiares, houve predomínio de estratégias construtivas para resolução de conflitos, com destaque às conversações entre os genitores. Discutem-se aspectos gratificantes e desafiadores da coparentalidade aos 24 meses da criança, com ênfase aos estressores normativos nessa etapa do desenvolvimento infantil e às potencialidades dos genitores para enfrentá-los colaborativamente.
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