Percepção de sono: duração, qualidade e alerta em profissionais da área de enfermagem How nursing staff perceive the duration and quality of sleep and levels of alertness

Foi realizado um estudo entre auxiliares de enfermagem e enfermeiros que trabalhavam em hospital público de São Paulo. A organização dos turnos diurnos e noturnos fixos era de 12 horas diárias, seguidas de 36 horas de descanso. O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção da duração e qualidade d...

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Bibliographic Details
Main Authors: Frida Marina Fischer, Liliane Reis Teixeira, Flavio Notarnicola da Silva Borges, Mariana Brandão Lourenço Gonçalves, Regiane Miranda Ferreira
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2002-10-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2002000500018
Description
Summary:Foi realizado um estudo entre auxiliares de enfermagem e enfermeiros que trabalhavam em hospital público de São Paulo. A organização dos turnos diurnos e noturnos fixos era de 12 horas diárias, seguidas de 36 horas de descanso. O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção da duração e qualidade dos episódios de sono nos dias de trabalho e de descanso, bem como dos níveis de alerta durante os turnos diurnos e noturnos de 12 horas de trabalho. Comparadas as durações dos episódios de sono, foram detectadas diferenças significativas entre sono diurno e noturno (Teste t de Student = 10,82; p < 0,000). A qualidade dos episódios de sono diurno após as noites de trabalho foi percebida como pior do que a qualidade dos episódios de sono noturno (Teste de Wilcoxon, Z = 2,67; p < 0,007). Foram encontradas diferenças significativas na percepção dos estados de alerta em três momentos diferentes do turno da noite (Friedman = 63,0; p < 0,00). Os níveis percebidos de alerta à noite tornam-se piores à medida que aumenta o número de horas de trabalho. Isso é um indicativo de que a sonolência no trabalho noturno se faz presente e pode prejudicar seriamente tanto trabalhadores quanto os pacientes que estão aos seus cuidados.<br>This study was conducted among health care personnel (registered nurses and nurse aides) in a public hospital in São Paulo, Brazil. Work was organized in 12-hour daytime or nighttime shifts, followed by 36 hours off. The study aimed to evaluate how the nursing staff perceived the duration and quality of sleep both during and off work days, as well as their perception of alertness during working hours. There were significant differences between night and day in the duration of sleep (Student t test = 10.82; p < 0.000). Quality of daytime sleep after working night shifts was perceived as worse than nighttime sleep (Wilcoxon test, Z = 2.67; p < 0.007). Significant differences were detected in self-evaluation of alertness after the 2nd, 6th, and 10th hour of night shifts (Friedman = 63.0; p < 0.00). Alertness was perceived as worse during dawn hours. This is an indication of sleepiness at work and can have serious consequences for both health care workers and patients.
ISSN:0102-311X
1678-4464