Mobilidade sustentável numa Instituição de Ensino Superior: estudo de caso do Politécnico de Coimbra
Introdução: O aumento continuado das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) associado ao sector dos transportes, os crescentes congestionamentos de tráfego e a destruição/desvalorização dos espaços públicos, com a consequente deterioração da qualidade do ambiente urbano, tornam cada vez mais...
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Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia - RACS
2023-07-01
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author | António Loureiro Ana Ferreira Sílvia Seco Jorge Conde |
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Introdução: O aumento continuado das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) associado ao sector dos transportes, os crescentes congestionamentos de tráfego e a destruição/desvalorização dos espaços públicos, com a consequente deterioração da qualidade do ambiente urbano, tornam cada vez mais evidente a insustentabilidade do modo como essa mobilidade se pratica atualmente e apontam para a imperiosa necessidade de se encontrarem soluções que, sem colocarem em causa esse direito, o condicionem às suas consequências ambientais e económicas (Agência Portuguesa do Ambiente, 2010; Louro, Costa, & Costa, 2018). Pelas múltiplas implicações nos três domínios de referência em que se equaciona o conceito de desenvolvimento sustentável, a mobilidade urbana surge, nos dias de hoje, como uma questão pertinente e de significativa importância social, para a qual ainda não se encontraram respostas satisfatórias (Almeida, 2015). Objetivos: Compreender os níveis de sustentabilidade dos padrões de mobilidade atuais da comunidade académica do Politécnico de Coimbra (IPC). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 254 membros da comunidade académica do IPC que participaram no estudo. A recolha de dados decorreu entre março e abril de 2022, através da aplicação de um questionário aos estudantes e trabalhadores, docentes e não docentes do IPC relativo à mobilidade das deslocações casa-trabalho/escola-casa. Resultados: Verificou-se que a distância média de viajem no trajeto casa-Instituição-casa foi de 37,6 Km e que o modo de transporte mais utilizado indicado pelos participantes no estudo foi o automóvel. No entanto, percebemos que 62,2% dos inquiridos referiram que aproveitavam a deslocação casa- Instituição-casa para realizar outras atividades, nomeadamente ir às compras. Conclusões: A mobilidade sustentável é, cada vez mais, um desígnio de quem gere as Instituições de Ensino Superior, até mesmo por serem importantes polos de atração e geração de viagens. As obrigações legais ao nível da redução de consumo de energia, emissões de GEE e poluentes atmosféricos, bem como a necessidade da diminuição do congestionamento das cidades e escolas, fazem com que se equacionem novas formas de atrair a população para modos mais sustentáveis, alterando a repartição modal, nomeadamente, pela redução do uso do automóvel, e, simultaneamente, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos.
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