Nem tudo que reluz é Marx: críticas stalinistas a Vigotski no âmbito da ciência soviética

Resumo: No Brasil, tem havido notável crescimento da chamada"teoria da atividade", cuja fundamentação é associada especialmente ao pesquisador russo A. N. Leontiev (1903-1979). Isso se tem feito em conexão direta com a noção de que Vigotski, Luria e Leontiev compuseram uma troika, responsá...

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Bibliographic Details
Main Author: Gisele Toassa
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo
Series:Psicologia USP
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642016005002101&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo: No Brasil, tem havido notável crescimento da chamada"teoria da atividade", cuja fundamentação é associada especialmente ao pesquisador russo A. N. Leontiev (1903-1979). Isso se tem feito em conexão direta com a noção de que Vigotski, Luria e Leontiev compuseram uma troika, responsável pela elaboração da teoria histórico-cultural e da teoria da atividade. O objetivo deste artigo é iniciar a problematização da própria veracidade dessa narrativa a partir de uma análise do contexto no qual se dispôs o conteúdo das críticas stalinistas a Vigotski de 1931-1937, da construção do sistema de produção científica no regime soviético e dos contrastes políticos e culturais entre os anos de 1920 e 1930 - especialmente o estabelecimento do marxismo-leninismo e o pragmatismo como marcas do regime stalinista. O texto contribui para a análise das ideias e frentes de trabalho vigotskianas condenadas pelos críticos stalinistas e suas potenciais repercussões na psicologia soviética elaborada nos anos de 1930.
ISSN:1678-5177