Cultura material e identidade étnica na arqueologia brasileira
Neste artigo o autor apresenta uma análise geral sobre a analogia direta entre cultura material e identidade étnica na arqueologia brasileira. Analisa de modo específico a associação entre populações portadoras da tradição Tupiguarani, assim definida na época do PRONAPA (Programa Nacional de Pesquis...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade de Arqueologia Brasileira
2006-12-01
|
Series: | Revista de Arqueologia |
Subjects: | |
Online Access: | https://revista.sabnet.org/index.php/SAB/article/view/213 |
Summary: | Neste artigo o autor apresenta uma análise geral sobre a analogia direta entre cultura material e identidade étnica na arqueologia brasileira. Analisa de modo específico a associação entre populações portadoras da tradição Tupiguarani, assim definida na época do PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas,
1965-1970), e grupos étnicos lingüisticamente ligados ao tronco tupi. Para esses grupos tem sido atribuída uma identidade ou etnicidade genérica de “guarani”. O referido problema é discutido com mais profundidade por ocasião da apreciação de um laudo pericial sobre a Terra Indígena Sucuri’y, localizada no município de Maracaju, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. No laudo analisado, a associação entre cultura material e identidade étnica remete ao debate a respeito do direito à terra por parte de uma comunidade indígena. Durante o estudo elaborado, o autor questiona os resultados finais da perícia produzida para a Justiça Federal e argumenta que existem evidências que sustentam a tese de que aquela área é, de fato, tradicionalmente ocupada pelos Kaiowá, de acordo com o que determina o Artigo 231, § 1°, da Constituição Federal de 1988. |
---|---|
ISSN: | 0102-0420 1982-1999 |