Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica

A forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni pode apresentar complicações, como o sangramento de varizes esofágicas e gástricas, que requerem tratamento cirúrgico. Apesar de a esplenectomia ser freqüentemente necessária, esses pacientes raramente desenvolvem os fenômenos sépticos, que são mais...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Andy Petroianu, Lucyr J. Antunes
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2003-01-01
Series:Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000300005&tlng=pt
_version_ 1828125253964922880
author Andy Petroianu
Lucyr J. Antunes
author_facet Andy Petroianu
Lucyr J. Antunes
author_sort Andy Petroianu
collection DOAJ
description A forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni pode apresentar complicações, como o sangramento de varizes esofágicas e gástricas, que requerem tratamento cirúrgico. Apesar de a esplenectomia ser freqüentemente necessária, esses pacientes raramente desenvolvem os fenômenos sépticos, que são mais freqüentemente encontrados em pessoas asplênicas do que na população em geral. Essa particularidade dos esquistossomóticos pode ser relacionada a alguma característica particular do sistema imune nessa afecção. Com o objetivo de investigar os aspectos imunológicos de pacientes com esquistossomose, foram estudados os linfócitos T e B além das imunoglobulinas M, A, e G (IgM, IgA, e IgG) em pacientes esquistossomóticos submetidos ou não a procedimentos cirúrgicos para tratamento de complicações da hipertensão porta. Esses pacientes foram comparados com voluntários normais sem afecção sistêmica aparente. Os pacientes operados por derivação esplenorrenal distal com a preservação do baço apresentaram aumento dos linfócitos T em comparação com o grupo-controle, de pessoas normais. Os níveis de IgG e IgM foram mais elevados nos pacientes submetidos a esplenectomia total do que no grupo-controle. Esses resultados sugerem que a esquistossomose mansoni crônica pode influenciar o sistema imune, garantindo que, mesmo na ausência do baço, os pacientes estejam protegidos de fenômenos infecciosos graves.
first_indexed 2024-04-11T15:17:59Z
format Article
id doaj.art-3361f85c71fb40488b02fb26c7a3692c
institution Directory Open Access Journal
issn 1806-0870
language English
last_indexed 2024-04-11T15:17:59Z
publishDate 2003-01-01
publisher Elsevier
record_format Article
series Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
spelling doaj.art-3361f85c71fb40488b02fb26c7a3692c2022-12-22T04:16:26ZengElsevierRevista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia1806-08702003-01-0125314915410.1590/S1516-84842003000300005Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêuticaAndy Petroianu0Lucyr J. Antunes1Universidade Federal de Minas GeraisUniversidade Federal de Minas GeraisA forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni pode apresentar complicações, como o sangramento de varizes esofágicas e gástricas, que requerem tratamento cirúrgico. Apesar de a esplenectomia ser freqüentemente necessária, esses pacientes raramente desenvolvem os fenômenos sépticos, que são mais freqüentemente encontrados em pessoas asplênicas do que na população em geral. Essa particularidade dos esquistossomóticos pode ser relacionada a alguma característica particular do sistema imune nessa afecção. Com o objetivo de investigar os aspectos imunológicos de pacientes com esquistossomose, foram estudados os linfócitos T e B além das imunoglobulinas M, A, e G (IgM, IgA, e IgG) em pacientes esquistossomóticos submetidos ou não a procedimentos cirúrgicos para tratamento de complicações da hipertensão porta. Esses pacientes foram comparados com voluntários normais sem afecção sistêmica aparente. Os pacientes operados por derivação esplenorrenal distal com a preservação do baço apresentaram aumento dos linfócitos T em comparação com o grupo-controle, de pessoas normais. Os níveis de IgG e IgM foram mais elevados nos pacientes submetidos a esplenectomia total do que no grupo-controle. Esses resultados sugerem que a esquistossomose mansoni crônica pode influenciar o sistema imune, garantindo que, mesmo na ausência do baço, os pacientes estejam protegidos de fenômenos infecciosos graves.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000300005&tlng=ptEsquistossomose mansonilinfócitosesplenectomiaimunoglobulinasconservação esplênicaCT
spellingShingle Andy Petroianu
Lucyr J. Antunes
Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
Esquistossomose mansoni
linfócitos
esplenectomia
imunoglobulinas
conservação esplênica
CT
title Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica
title_full Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica
title_fullStr Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica
title_full_unstemmed Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica
title_short Aspectos imunológicos da esquistossomose mansoni hepatoesplênica após cirurgia terapêutica
title_sort aspectos imunologicos da esquistossomose mansoni hepatoesplenica apos cirurgia terapeutica
topic Esquistossomose mansoni
linfócitos
esplenectomia
imunoglobulinas
conservação esplênica
CT
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000300005&tlng=pt
work_keys_str_mv AT andypetroianu aspectosimunologicosdaesquistossomosemansonihepatoesplenicaaposcirurgiaterapeutica
AT lucyrjantunes aspectosimunologicosdaesquistossomosemansonihepatoesplenicaaposcirurgiaterapeutica