Atendimento Complementar e Acessibilidade
Antecedentes: Estima-se que determinado grupo de utentes recorra preferencialmente ao Atendimento Complementar (AC) em detrimento da consulta no seu médico (MF). Objectivos: Caracterizar o perfil de utentes do AC e analisar a eventual relação do recurso ao AC com a acessibilidade às consultas...
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Format: | Article |
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2002-09-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Idalmiro Carraça Afonso Briosa E Gala Helena Sousa Gago Lurdes Gameiro |
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Antecedentes: Estima-se que determinado grupo de utentes recorra preferencialmente ao Atendimento Complementar (AC) em detrimento da consulta no seu médico (MF).
Objectivos: Caracterizar o perfil de utentes do AC e analisar a eventual relação do recurso ao AC com a acessibilidade às consultas do Centro de Saúde (CS).
Tipo de Estudo: Exploratório, transversal, descritivo e analítico.
Local: Centro de Saúde da Alameda, Lisboa.
População: Utentes observados consecutivamente no Serviço de Atendimento de Situações Agudas do Centro de Saúde da Alameda (AC), num período de 2 meses (Maio e Junho de 2000).
Variáveis: Variáveis demográficas e indicadores indirectos de acessibilidade (listas de espera, período de evolução das queixas e última consulta no MF). Recolha de dados dos utentes observados no AC, num período de dois meses, com base nas fichas clínicas do AC e MF.
Resultados: 974 utentes observados. Perfil do utilizador médio do AC: mulher, 33 anos, solteira, activa, inscrita no CS, com quadros agudos de curta evolução: infecciosos (46%), músculo-esqueléticos (13,8%). Os utentes mais idosos (medianas 27 e 40) tendem a ter queixas mais arrastadas quando procuram o AC, bem como os activos (Mann-Whitney p=0,001; x2 p=0,002).
Não se comprovou que estes utentes tenham listas de espera mais longas, últimas consultas mais longínquas no MF e patologia crónica associada. A maioria consultou o seu médico nos 2 meses precedentes.
Conclusões: O recurso ao AC parece ser determinado fundamentalmente pelo episódio agudo independentemente da acessibilidade ao MF.
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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series | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
spelling | doaj.art-33c99a6f8ba84bbc85df86df6049a3ed2024-03-20T14:10:50ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812002-09-0118510.32385/rpmgf.v18i5.9887Atendimento Complementar e AcessibilidadeIdalmiro Carraça0Afonso Briosa E Gala1Helena Sousa Gago2Lurdes Gameiro3Assistente Graduado de Clínica Geral, Centro de Saúde da Alameda, LisboaAssistente Graduado de Clínica Geral, Centro de Saúde da Alameda, LisboaAssistente Graduado de Clínica Geral, Centro de Saúde da Alameda, LisboaChefe de Serviço de Clínica Geral e Directora, Centro de Saúde da Alameda, Lisboa Antecedentes: Estima-se que determinado grupo de utentes recorra preferencialmente ao Atendimento Complementar (AC) em detrimento da consulta no seu médico (MF). Objectivos: Caracterizar o perfil de utentes do AC e analisar a eventual relação do recurso ao AC com a acessibilidade às consultas do Centro de Saúde (CS). Tipo de Estudo: Exploratório, transversal, descritivo e analítico. Local: Centro de Saúde da Alameda, Lisboa. População: Utentes observados consecutivamente no Serviço de Atendimento de Situações Agudas do Centro de Saúde da Alameda (AC), num período de 2 meses (Maio e Junho de 2000). Variáveis: Variáveis demográficas e indicadores indirectos de acessibilidade (listas de espera, período de evolução das queixas e última consulta no MF). Recolha de dados dos utentes observados no AC, num período de dois meses, com base nas fichas clínicas do AC e MF. Resultados: 974 utentes observados. Perfil do utilizador médio do AC: mulher, 33 anos, solteira, activa, inscrita no CS, com quadros agudos de curta evolução: infecciosos (46%), músculo-esqueléticos (13,8%). Os utentes mais idosos (medianas 27 e 40) tendem a ter queixas mais arrastadas quando procuram o AC, bem como os activos (Mann-Whitney p=0,001; x2 p=0,002). Não se comprovou que estes utentes tenham listas de espera mais longas, últimas consultas mais longínquas no MF e patologia crónica associada. A maioria consultou o seu médico nos 2 meses precedentes. Conclusões: O recurso ao AC parece ser determinado fundamentalmente pelo episódio agudo independentemente da acessibilidade ao MF. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9887Atendimento ComplementarAcessibilidade ao Médico de Família |
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