PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE PIRACICABA

Introdução: A dengue é uma doença infecciosa, aguda e febril transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. A arbovirose é classificada como uma doença tropical negligenciada e estima-se que cerca de mais de 100 países tropicais e subtropicais enfrentam epidemias sazonais da doença. A grande ocor...

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Bibliographic Details
Main Author: Vinicius da Costa Moyses
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2022-09-01
Series:Brazilian Journal of Infectious Diseases
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867022002720
Description
Summary:Introdução: A dengue é uma doença infecciosa, aguda e febril transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. A arbovirose é classificada como uma doença tropical negligenciada e estima-se que cerca de mais de 100 países tropicais e subtropicais enfrentam epidemias sazonais da doença. A grande ocorrência de dengue no Brasil (502.983 casos prováveis na semana epidemiológica 44 de 2021) chama a atenção para a importância de conhecer o perfil epidemiológico dessa doença em um município do estado de São Paulo. Objetivo: Traçar um perfil epidemiológico, a partir de base de dados secundária, de casos positivos no município de Piracicaba entre os anos 2000 e 2020. Método: Trata-se de um estudo quantitativo retrospectivo (2000 – 2020) de casos notificados pela Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba obtidos por meio do repositório do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (IPPLAP). Os critérios de seleção foram todos os casos notificados no município. Resultados: No período analisado, Piracicaba registrou, em média, 26036 notificações, sendo estas 12.334 do gênero masculino (47%) e 13.702 do gênero feminino (52%). Dos anos analisados, 2007 (22%) registrou o maior índice de casos notificados, sendo 5.681 registros, contrapondo-se à 2000 que notificou apenas 20 casos (0,023%). Quanto à faixa etária, a de maior destaque fora a dos 10 aos 19 anos, com um total de 7.899 (30%) das notificações, seguida pela faixa dos 20 aos 29 anos (20%), enquanto que menos de 1 ano (0,38%) e maiores de 80 anos (0,25%) registraram 100 e 66 casos, respectivamente. Por fim, as regiões Centro e Norte apresentaram juntas 7.462 casos (29%), em oposto às regiões sul e rural que notificaram 4.040 casos (16%). Conclusão: Por meio da análise dos dados propostos, encontram-se números alarmantes quanto à ocorrência de dengue no município de Piracicaba, de modo flutuante nos últimos anos. Com isso, chama-se a atenção para a necessidade e importância dos mecanismos de intervenção do ciclo da doença, como educação em saúde e identificar as áreas de maiores recorrências da doença; e correta notificação dos casos, com atualização frequente das bases de dados, a fim de diminuir os casos de dengue na cidade.
ISSN:1413-8670