Currículo interespécies

Neste escrito, discorremos acerca da produção de espaços discursivos de confinamento para os animais no ensino de Biologia. Apoiados em teorizações do campo da História do Currículo, concebemos esses espaços atuando de maneira produtiva sobre os animais que os habitam, normalizando os mesmos atravé...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Túlio Vieira, Maria Margarida Gomes
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Marco Antonio Leandro Barzano 2023-11-01
Series:Revista da SBEnBIO
Subjects:
Online Access:https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/1066
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Maria Margarida Gomes
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description Neste escrito, discorremos acerca da produção de espaços discursivos de confinamento para os animais no ensino de Biologia. Apoiados em teorizações do campo da História do Currículo, concebemos esses espaços atuando de maneira produtiva sobre os animais que os habitam, normalizando os mesmos através de aspectos psicológicos e pedagógicos do ensino. Lançando mão da análise de livros didáticos e artigos científicos, apresentamos espacialidades advindas de práticas discursivas da disciplina escolar Biologia. Ponderamos que, ao habitarem espaços ecológicos, periculosos, evolutivos, econômicos, quantitativos, experienciais e populares, processos alquímicos produzem, simultaneamente, quem os animais e as crianças são ou deveriam ser. Desse modo, consideramos os animais como sujeitos políticos da escolarização, cujos modos de existência são regulados, dentre outras ordens, pelo confinamento curricular.
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publishDate 2023-11-01
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spelling doaj.art-34c54b8903de486fbce64177c2cd605a2023-11-28T05:50:06ZporMarco Antonio Leandro BarzanoRevista da SBEnBIO2763-88982023-11-0116nesp.110.46667/renbio.v16inesp.1.1066Currículo interespéciesTúlio Vieira 0Maria Margarida Gomes1Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de Janeiro Neste escrito, discorremos acerca da produção de espaços discursivos de confinamento para os animais no ensino de Biologia. Apoiados em teorizações do campo da História do Currículo, concebemos esses espaços atuando de maneira produtiva sobre os animais que os habitam, normalizando os mesmos através de aspectos psicológicos e pedagógicos do ensino. Lançando mão da análise de livros didáticos e artigos científicos, apresentamos espacialidades advindas de práticas discursivas da disciplina escolar Biologia. Ponderamos que, ao habitarem espaços ecológicos, periculosos, evolutivos, econômicos, quantitativos, experienciais e populares, processos alquímicos produzem, simultaneamente, quem os animais e as crianças são ou deveriam ser. Desse modo, consideramos os animais como sujeitos políticos da escolarização, cujos modos de existência são regulados, dentre outras ordens, pelo confinamento curricular. https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/1066AnimaisCurrículoDisciplina escolar Biologia
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