Prevalência de asma e asma grave e a associação com obesidade infantil

O presente trabalho teve como objetivos avaliar a prevalência de asma, asma grave e obesidade infantil e analisar a associação entre elas e seus fatores de risco, através de um estudo transversal, onde foram avaliados os fatores de risco, dados antropométricos e aplicado o questionário ISAAC. Os que...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Sílvia Paschoalini Azalim de Castro, Joel Alves Lamounier
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Juiz de Fora 2016-09-01
Series:HU Revista
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2524
Description
Summary:O presente trabalho teve como objetivos avaliar a prevalência de asma, asma grave e obesidade infantil e analisar a associação entre elas e seus fatores de risco, através de um estudo transversal, onde foram avaliados os fatores de risco, dados antropométricos e aplicado o questionário ISAAC. Os questionários foram distribuídos em escolas municipais, para crianças de 6 a 8 anos e de 13 a 15 anos, selecionadas de forma aleatória e realizada a coleta dos dados antropométricos. A amostra total consistiu de 394 estudantes avaliados, 58,1% entre 6 a 8 anos e 54,3% do sexo feminino. A prevalência de asma ativa, nas crianças de 6 a 8 anos foi de 18,6 % e de 12,7% nos adolescentes e, de 3,1% a prevalência de asma grave. Os fatores de risco, na análise multivariada, para asma foram: idade de 6 a 8 anos (p = 0,001), tabagismo passivo (p= 0,001), a classe econômica A e B (p <0,001) e tempo de aleitamento materno menor que 1 mês (p = 0,021). No grupo de crianças de 6 a 8 anos, a prevalência de obesidade foi de 24% e no grupo de 13 a 15 anos de 28%. Estiveram associados à obesidade os seguintes fatores: a classe A e B (p = 0,003) e parto cesáreo (p = 0,030). Houve associação entre obesidade e asma grave (OR=6,9; p = 0,017). Assim, os valores da prevalência de asma e obesidade infantil são comparáveis aos dados nacionais e a associação positiva entre as duas doenças alerta para a necessidade da criação e aprimoramento de programas voltados para a prevenção e tratamento das mesmas.
ISSN:0103-3123
1982-8047