Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose

Os Autores, após terem demonstrado no laboratório a atividade "in vitro" de 119 produtos naturais de origem vegetal no bloqueio da evolução externa de Ancilostomídeos e S. stercoralis, pesquisaram a aplicação prática da Profilaxia ecológica fitoquímica das respectivas endemias parasitárias...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Enio Garcia Goulart, Myriam Cazarie Jourdan, Reginaldo Peçanha Brazil, Beatriz Gomes Brazil, Alexandre Elias Cosendey, Marion Bar, Emane Catroli do Carmo, Benjamin Gilbert
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1976-08-01
Series:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86821976000400002&lng=en&tlng=en
_version_ 1811246098495307776
author Enio Garcia Goulart
Myriam Cazarie Jourdan
Reginaldo Peçanha Brazil
Beatriz Gomes Brazil
Alexandre Elias Cosendey
Marion Bar
Emane Catroli do Carmo
Benjamin Gilbert
author_facet Enio Garcia Goulart
Myriam Cazarie Jourdan
Reginaldo Peçanha Brazil
Beatriz Gomes Brazil
Alexandre Elias Cosendey
Marion Bar
Emane Catroli do Carmo
Benjamin Gilbert
author_sort Enio Garcia Goulart
collection DOAJ
description Os Autores, após terem demonstrado no laboratório a atividade "in vitro" de 119 produtos naturais de origem vegetal no bloqueio da evolução externa de Ancilostomídeos e S. stercoralis, pesquisaram a aplicação prática da Profilaxia ecológica fitoquímica das respectivas endemias parasitárias. A investigação foi realizada em dois grupos populacionais de favelados da Ilha do Governador (Rio de Janeiro, Brasil), ao longo de 26 meses de intenso trabalho que compreendeu: 1) seleção e levantamento demográfico das áreas; 2) inquérito geral para determinação da incidência parasitária; 3) introdução dos vegetais ativos em uma das áreas, ficando a outra como controle; 4) tratamento em massa de ambas as populações, repetido 10 meses depois; 5) três controles epidemiológicos, após cada tratamento e a intervalos constantes de 60 a 70 dias, para verificação das reinfestações e do confronto final da prevalência das helmintoses nas duas áreas. Das plantas introduzidas somente se adaptou o C. citratus que atingiu uma concentração média de uma touceira por 10 m². Os níveis de ancilostomose cairam na área plantada de 23,2% para 2,2% e na área controle de 14,5% para 5,8%, durante o período de 21 meses da investigação. A estrongiloidose desceu de 17,1% para 0,6% na área tratada fitoecologicamente e de 13,0% para 2,9% na área controle. Da população inicialmente examinada, 46% foram acompanhados até o término da experiência. A redução da prevalência de ancilostomídeos, 30,5% superior na área plantada, é considerada estatisticamente significativa e, portanto, o novo método profilático válido e viável. Para conclusão definitiva, já teve início uma pesquisa comparada, sob rigorosas condições de controle. Tudo indica que o método ora instituído, pioneiro na literatura mundial, seja de grande valor profilático reduzindo sensivelmente a prevalência, após tratamento em massa das populações, nas áreas endêmicas. Pelas suas características, tais como aceitação popular, pequeno custo operacional e, sobretudo, obtenção de resultados a curto prazo, será altamente oportuno, considerando-se que os recursos convencionais são baseados na educação e engenharia sanitárias, cujos resultados são obtidos a médio e longo prazos e sempre dependentes de cada indivíduo. Além da aplicação médico-sanitária, a presente pesquisa poderá estabelecer possibilidades na profilaxia de certas fitonoses e zoonoses de grande importância econômica na agropecuária.
first_indexed 2024-04-12T14:48:46Z
format Article
id doaj.art-353e1ad7435147ebbebd48991b5a992c
institution Directory Open Access Journal
issn 1678-9849
language English
last_indexed 2024-04-12T14:48:46Z
publishDate 1976-08-01
publisher Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)
record_format Article
series Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
spelling doaj.art-353e1ad7435147ebbebd48991b5a992c2022-12-22T03:28:34ZengSociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical1678-98491976-08-0110419520310.1590/S0037-86821976000400002S0037-86821976000400002Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e EstrongiloidoseEnio Garcia Goulart0Myriam Cazarie Jourdan1Reginaldo Peçanha Brazil2Beatriz Gomes BrazilAlexandre Elias CosendeyMarion BarEmane Catroli do CarmoBenjamin Gilbert3ICBICBICBICBOs Autores, após terem demonstrado no laboratório a atividade "in vitro" de 119 produtos naturais de origem vegetal no bloqueio da evolução externa de Ancilostomídeos e S. stercoralis, pesquisaram a aplicação prática da Profilaxia ecológica fitoquímica das respectivas endemias parasitárias. A investigação foi realizada em dois grupos populacionais de favelados da Ilha do Governador (Rio de Janeiro, Brasil), ao longo de 26 meses de intenso trabalho que compreendeu: 1) seleção e levantamento demográfico das áreas; 2) inquérito geral para determinação da incidência parasitária; 3) introdução dos vegetais ativos em uma das áreas, ficando a outra como controle; 4) tratamento em massa de ambas as populações, repetido 10 meses depois; 5) três controles epidemiológicos, após cada tratamento e a intervalos constantes de 60 a 70 dias, para verificação das reinfestações e do confronto final da prevalência das helmintoses nas duas áreas. Das plantas introduzidas somente se adaptou o C. citratus que atingiu uma concentração média de uma touceira por 10 m². Os níveis de ancilostomose cairam na área plantada de 23,2% para 2,2% e na área controle de 14,5% para 5,8%, durante o período de 21 meses da investigação. A estrongiloidose desceu de 17,1% para 0,6% na área tratada fitoecologicamente e de 13,0% para 2,9% na área controle. Da população inicialmente examinada, 46% foram acompanhados até o término da experiência. A redução da prevalência de ancilostomídeos, 30,5% superior na área plantada, é considerada estatisticamente significativa e, portanto, o novo método profilático válido e viável. Para conclusão definitiva, já teve início uma pesquisa comparada, sob rigorosas condições de controle. Tudo indica que o método ora instituído, pioneiro na literatura mundial, seja de grande valor profilático reduzindo sensivelmente a prevalência, após tratamento em massa das populações, nas áreas endêmicas. Pelas suas características, tais como aceitação popular, pequeno custo operacional e, sobretudo, obtenção de resultados a curto prazo, será altamente oportuno, considerando-se que os recursos convencionais são baseados na educação e engenharia sanitárias, cujos resultados são obtidos a médio e longo prazos e sempre dependentes de cada indivíduo. Além da aplicação médico-sanitária, a presente pesquisa poderá estabelecer possibilidades na profilaxia de certas fitonoses e zoonoses de grande importância econômica na agropecuária.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86821976000400002&lng=en&tlng=en
spellingShingle Enio Garcia Goulart
Myriam Cazarie Jourdan
Reginaldo Peçanha Brazil
Beatriz Gomes Brazil
Alexandre Elias Cosendey
Marion Bar
Emane Catroli do Carmo
Benjamin Gilbert
Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
title Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose
title_full Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose
title_fullStr Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose
title_full_unstemmed Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose
title_short Profilaxia ecológica fitoquímica da Ancilostomose e Estrongiloidose
title_sort profilaxia ecologica fitoquimica da ancilostomose e estrongiloidose
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86821976000400002&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT eniogarciagoulart profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT myriamcazariejourdan profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT reginaldopecanhabrazil profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT beatrizgomesbrazil profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT alexandreeliascosendey profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT marionbar profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT emanecatrolidocarmo profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose
AT benjamingilbert profilaxiaecologicafitoquimicadaancilostomoseeestrongiloidose