Anorexia e bulimia – corpo perfeito versus morte

A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são transtornos alimentares (TA) de difícil tratamento e de alta morbidade. O Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do IPq-FMUSP caracteriza-se como o primeiro centro brasileiro multidisciplinar para o tratamento, ensino e pesquisa da área. O atendimen...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria Aparecida Conti, Paula Costa Teixeira Costa Teixeira, Marcela S. Kotait, Eduardo Aratangy Aratangy, Fabio Salzano, Ana Carolina Soares Amaral
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2012-01-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/515
Description
Summary:A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são transtornos alimentares (TA) de difícil tratamento e de alta morbidade. O Programa de Transtornos Alimentares (AMBULIM) do IPq-FMUSP caracteriza-se como o primeiro centro brasileiro multidisciplinar para o tratamento, ensino e pesquisa da área. O atendimento embasa-se em ações multidisciplinares envolvendo, essencialmente, o acompanhamento médico, nutricional e psicológico. A atividade física merece atenção, pois há evidências da associação da dependência ao exercício com os TA. Observamos um processo lento e gradativo, com o comprometimento da saúde física, emocional e social desse paciente, com uma recusa mórbida em ganhar peso. Suas crenças pessoais, muitas vezes, embasam-se no fato de que “ser magro(a)”, “estar magro(a)” é a chave para o seu sucesso pessoal, afetivo e social. A expectativa de corpo difundida na sociedade contemporânea, caracterizada por uma noção de perfeição ligada à magreza, acaba por influenciar a imagem corporal, elemento essencial na etiologia dos TA. A mídia, por sua vez, oferece instruções explícitas sobre como atingir o ideal de beleza, promovendo a crença de que as pessoas podem, e de fato devem, controlar sua forma e peso corporais. O trabalho desenvolvido pelo profissional da saúde com o paciente que desenvolve TA é intenso e repleto de desafios, devendo ir além da intervenção assistencial. É esperado que possa compartilhar seus conhecimentos com a população e informá-la acerca dos riscos e formas de cuidados, evitando, assim, que o TA seja um dos caminhos trilhado por muitos jovens.
ISSN:0104-7809
1980-3990