In(formação), interculturalidade e a Covid-19 em territórios indígenas de Mato Grosso do Sul
A inesperada situação de confinamento social com o intuito de diminuir o contágio entre a população pela COVID 19 impactou diretamente os povos tradicionais e seu Tekohá. Partindo do princípio que a saúde é um modo de ser e viver, que respeita as visões próprias dos povos indígenas em relação ao seu...
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Format: | Article |
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Published: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação Ibict/UFRJ
2020-12-01
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author | Andreia Sangalli Neimar Machado de Sousa |
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description | A inesperada situação de confinamento social com o intuito de diminuir o contágio entre a população pela COVID 19 impactou diretamente os povos tradicionais e seu Tekohá. Partindo do princípio que a saúde é um modo de ser e viver, que respeita as visões próprias dos povos indígenas em relação ao seu bem-estar, e considerando a precarização a que foram submetidos desde a chegada dos conquistadores europeus, principalmente devido às doenças trazidas e que eram desconhecidas por estes povos, a COVID-19 adentra os territórios indígenas, tornando essencial ações educativas que contribuam para a divulgação de informações compreensíveis a respeito da doença. Nesse contexto, foram elaboradas cartilhas de orientações em saúde que consideraram as cosmologias ameríndias representadas na região de Dourados (MS), pelos povos Guarani, Kaiowá e Terena e que rompem com a reprodução da lógica colonial de que os conhecimentos médicos europeus são superiores aos dos indígenas. A circulação do material impresso ampliou os debates entre a parentela indígena sobre os cuidados fundamentais no enfrentamento à Pandemia e passou a ser utilizado como material pedagógico de apoio aos professores e escolas indígenas locais. |
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