A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental
O objetivo deste trabalho é analisar as interpretações dos modais deônticos em Português Brasileiro (PB) com base em dois tipos de obrigação: ought-to-do e ought-to-be (Castañeda 1970; Feldman 1986). Em Hacquard (2006, 2010), ought-to-do e ought-to-be são interpretados em posições sintáticas difere...
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho
2019-12-01
|
Series: | Diacrítica |
Subjects: | |
Online Access: | https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5060 |
_version_ | 1797328370776670208 |
---|---|
author | Núbia Ferreira Rech Eduardo Correa Soares Simone Guesser |
author_facet | Núbia Ferreira Rech Eduardo Correa Soares Simone Guesser |
author_sort | Núbia Ferreira Rech |
collection | DOAJ |
description |
O objetivo deste trabalho é analisar as interpretações dos modais deônticos em Português Brasileiro (PB) com base em dois tipos de obrigação: ought-to-do e ought-to-be (Castañeda 1970; Feldman 1986). Em Hacquard (2006, 2010), ought-to-do e ought-to-be são interpretados em posições sintáticas diferentes: uma baixa, logo acima do VP, com o modal orientado para o sujeito; e outra alta, acima de Tense, com o modal orientado para um participante do evento de fala. A posição baixa é associada a modais de raiz; e a alta, ao deôntico ought-to-be e ao epistêmico. Neste trabalho, investigamos experimentalmente, por meio de um teste de aceitabilidade com falantes nativos de PB, a intuição de Rech e Varaschin (2018b), segundo a qual, em uma sequência de deônticos, o primeiro é sempre associado à interpretação ought-to-be. Os resultados mostram que a sequência em que dois modais são utilizados seguidos de uma segunda sentença que salienta a interpretação ought-to-do é julgada significativamente menos aceitável. Quando somente um modal é utilizado, as sentenças que salientam as duas interpretações deônticas são igualmente aceitáveis. Consideramos este resultado uma evidência de que o deôntico ought-to-be é interpretado na periferia esquerda da sentença, em interação com as relações discursivas de coerência.
|
first_indexed | 2024-03-08T06:50:52Z |
format | Article |
id | doaj.art-36773558d23c473fa169ad0f84e06794 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0870-8967 2183-9174 |
language | English |
last_indexed | 2024-03-08T06:50:52Z |
publishDate | 2019-12-01 |
publisher | Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho |
record_format | Article |
series | Diacrítica |
spelling | doaj.art-36773558d23c473fa169ad0f84e067942024-02-03T06:51:14ZengCentro de Estudos Humanísticos da Universidade do MinhoDiacrítica0870-89672183-91742019-12-01332A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimentalNúbia Ferreira RechEduardo Correa SoaresSimone Guesser O objetivo deste trabalho é analisar as interpretações dos modais deônticos em Português Brasileiro (PB) com base em dois tipos de obrigação: ought-to-do e ought-to-be (Castañeda 1970; Feldman 1986). Em Hacquard (2006, 2010), ought-to-do e ought-to-be são interpretados em posições sintáticas diferentes: uma baixa, logo acima do VP, com o modal orientado para o sujeito; e outra alta, acima de Tense, com o modal orientado para um participante do evento de fala. A posição baixa é associada a modais de raiz; e a alta, ao deôntico ought-to-be e ao epistêmico. Neste trabalho, investigamos experimentalmente, por meio de um teste de aceitabilidade com falantes nativos de PB, a intuição de Rech e Varaschin (2018b), segundo a qual, em uma sequência de deônticos, o primeiro é sempre associado à interpretação ought-to-be. Os resultados mostram que a sequência em que dois modais são utilizados seguidos de uma segunda sentença que salienta a interpretação ought-to-do é julgada significativamente menos aceitável. Quando somente um modal é utilizado, as sentenças que salientam as duas interpretações deônticas são igualmente aceitáveis. Consideramos este resultado uma evidência de que o deôntico ought-to-be é interpretado na periferia esquerda da sentença, em interação com as relações discursivas de coerência. https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5060ModalidadeDeônticosOught-to-doOught-to-beExperimentaçãoPortuguês brasileiro |
spellingShingle | Núbia Ferreira Rech Eduardo Correa Soares Simone Guesser A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental Diacrítica Modalidade Deônticos Ought-to-do Ought-to-be Experimentação Português brasileiro |
title | A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental |
title_full | A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental |
title_fullStr | A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental |
title_full_unstemmed | A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental |
title_short | A interpretação deôntica no Português Brasileiro: Um estudo de natureza experimental |
title_sort | interpretacao deontica no portugues brasileiro um estudo de natureza experimental |
topic | Modalidade Deônticos Ought-to-do Ought-to-be Experimentação Português brasileiro |
url | https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5060 |
work_keys_str_mv | AT nubiaferreirarech ainterpretacaodeonticanoportuguesbrasileiroumestudodenaturezaexperimental AT eduardocorreasoares ainterpretacaodeonticanoportuguesbrasileiroumestudodenaturezaexperimental AT simoneguesser ainterpretacaodeonticanoportuguesbrasileiroumestudodenaturezaexperimental AT nubiaferreirarech interpretacaodeonticanoportuguesbrasileiroumestudodenaturezaexperimental AT eduardocorreasoares interpretacaodeonticanoportuguesbrasileiroumestudodenaturezaexperimental AT simoneguesser interpretacaodeonticanoportuguesbrasileiroumestudodenaturezaexperimental |