Summary: | Este estudo busca vislumbrar a complexidade da formação identitária do campo umbandista e perceber como, através do jogo de alteridades, ela foi se forjando, sempre tentando vencer a visão estigmatizada das tradições religiosas que a influenciaram. Também se propõe a investigar como alguns discursos essencialistas de representantes do candomblé, kardecismo e catolicismo influenciam a constituição da autoimagem umbandista, sempre balizada ambiguamente pela questão do purismo e da mistura (hibridização). Concebida genericamente por estas tradições como uma seita rudimentar, amoral e baseada na apropriação superficial e ilícita do panteão de outros cultos (demonização dos santos católicos e embranquecimento dos orixás), a Umbanda buscou sair da marginalidade e reivindicar o status de autêntica religião nacional valendo-se de diversas estratégias de construção de uma identidade própria em busca de reconhecimento e difusão social.
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