Summary: | Este artigo apresenta resultados de um estudo piloto com o objetivo de verificar se expressões faciais podem ser pistas do julgamento social de uma variável sociolinguística, tornando a relação entre um fenômeno variável do tipo estereótipo (rotacismo no português brasileiro) com os efeitos fisiológicos da variação possível. Para a execução desta pesquisa, foram elaborados dois estudos experimentais: o primeiro contou com a participação de 30 estudantes universitários e considerou, como variáveis independentes, julgamento e tempo de resposta a estímulos de áudio; o segundo, do qual participaram outros 9 estudantes, considerou, como variáveis independentes julgamento e expressões faciais dos participantes. Os resultados obtidos quanto ao tempo de resposta corroboram para o status estigmatizado da variável. No entanto, o julgamento negativo atribuído não pode ser associado às expressões faciais, pois, embora os participantes não tenham permanecido neutros ao ouvirem realizações desse fenômeno, a limitação da amostra restringe a significância estatística.
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