Narrativa e gênero: sobre desigualdade e justiça social em “Villette” de C. Brontë e “Insolación” de E. Pardo Bazán
Neste trabalho se analisam duas obras literárias que retornam às origens do movimento feminista e concebem uma crítica à sociedade patriarcal, a divisão de papeis e à concepção marginalizada da mulher nesse momento. São ambos textos críticos que representam a um indivíduo isolado e indefeso em uma s...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Rede Brasileira Direito e Literatura
2019-01-01
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Series: | Anamorphosis |
Subjects: | |
Online Access: | http://rdl.org.br/seer/index.php/anamps/article/view/520 |
Summary: | Neste trabalho se analisam duas obras literárias que retornam às origens do movimento feminista e concebem uma crítica à sociedade patriarcal, a divisão de papeis e à concepção marginalizada da mulher nesse momento. São ambos textos críticos que representam a um indivíduo isolado e indefeso em uma sociedade dominada pelo pensamento e a beneficência da igreja; refletem uma sociedade naturalmente organizada na qual se oculta ou invisibilizam às desigualdade de gênero, disfarçadas como pura e simples questão de diferença de/entre sexos; uma sociedade onde se idealizam umas supostas características femininas (a beleza, a delicadeza, a sensibilidade) sob as que se esconde a autêntica dominação do sexo masculino; inclusive, nas que domina o mito da incompreensão e o mistério que despertam as mulheres como uma forma de submissão à racionalidade masculina. Ante tal situação, se provoca à mulher para levantar sua voz diferenciada, plantando a semente para criar um novo sujeito com liberdade para gerar projetos de vida digna independentemente do sexo. No âmbito público se estabelecem às bases para a reconstrução de uma sociedade que não separe artificialmente entre a esfera pública e privada, e na que predomine uma nova teoria da justiça baseada mais na pluralidade e diferença de expectativas, necessidades e bens. |
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ISSN: | 2446-8088 2446-8088 |