Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato
presente artigo tem como objetivo analisar uma multiplicidade de aspectos da obra Emília no país da Gramática, de Monteiro Lobato, que se prestam a estimular reflexões em sala de aula de Língua Portuguesa e Literatura, a serem conduzidas pelo próprio alunado e mediadas pela figura do professor críti...
| Main Authors: | , |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Universidade de São Paulo
2011-06-01
|
| Series: | Linha D'Água |
| Online Access: | http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37347 |
| _version_ | 1811298721420279808 |
|---|---|
| author | André Luiz Ming Garcia Érica Santos Soares de Freitas |
| author_facet | André Luiz Ming Garcia Érica Santos Soares de Freitas |
| author_sort | André Luiz Ming Garcia |
| collection | DOAJ |
| description | presente artigo tem como objetivo analisar uma multiplicidade de aspectos da obra Emília no país da Gramática, de Monteiro Lobato, que se prestam a estimular reflexões em sala de aula de Língua Portuguesa e Literatura, a serem conduzidas pelo próprio alunado e mediadas pela figura do professor crítico. Entre elas, destacam-se noções do escopo da Lingüística Geral e a presença de criações estilísticas de índole neológica contidas no texto. Na obra supracitada, os personagens do Sítio do Picapau Amarelo empreendem uma viagem ao País da Gramática, durante a qual se deparam com um construto alegórico dos constituintes da Gramática Tradicional, com ênfase às classes de palavras. Apesar das terras visitadas terem como habitantes entes gramaticais apresentados como sendo regidos pela norma e de uso perfilado pela prescritividade de regras, ao longo da narrativa o autor não hesita em criar palavras novas através de processos expressivos que contrariam as regras por ele mesmo apresentadas (“nomado”; “Advérbia”; “estazinha”; “Vossa Serência” etc.) Além disso, discutem-se no texto questões como a arbitrariedade do signo lingüístico, a mutabilidade necessária das línguas naturais, preconceito linguístico e variação diatópica, diafásica, distrática e diacrônica, uso versus norma, entre outros aspectos essenciais das teorias lingüísticas emergidas desde o advento do Estruturalismo. Propomos, neste trabalho, que o professor crítico faça valer o potencial de Emília no país da gramática como ponto de partida para suscitar junto aos aprendizes reflexões valiosas acerca de fenômenos lingüísticos e metalinguísticos e, simultaneamente, incentivar a fruição desta obra de interessante valor beletrístico. |
| first_indexed | 2024-04-13T06:23:26Z |
| format | Article |
| id | doaj.art-3971664141784f0f9523199b2020f128 |
| institution | Directory Open Access Journal |
| issn | 0103-3638 2236-4242 |
| language | English |
| last_indexed | 2024-04-13T06:23:26Z |
| publishDate | 2011-06-01 |
| publisher | Universidade de São Paulo |
| record_format | Article |
| series | Linha D'Água |
| spelling | doaj.art-3971664141784f0f9523199b2020f1282022-12-22T02:58:31ZengUniversidade de São PauloLinha D'Água0103-36382236-42422011-06-0124110.11606/issn.2236-4242.v24i1p71-9437245Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro LobatoAndré Luiz Ming Garcia0Érica Santos Soares de Freitas1Universidade de São PauloUniversidade de São Paulopresente artigo tem como objetivo analisar uma multiplicidade de aspectos da obra Emília no país da Gramática, de Monteiro Lobato, que se prestam a estimular reflexões em sala de aula de Língua Portuguesa e Literatura, a serem conduzidas pelo próprio alunado e mediadas pela figura do professor crítico. Entre elas, destacam-se noções do escopo da Lingüística Geral e a presença de criações estilísticas de índole neológica contidas no texto. Na obra supracitada, os personagens do Sítio do Picapau Amarelo empreendem uma viagem ao País da Gramática, durante a qual se deparam com um construto alegórico dos constituintes da Gramática Tradicional, com ênfase às classes de palavras. Apesar das terras visitadas terem como habitantes entes gramaticais apresentados como sendo regidos pela norma e de uso perfilado pela prescritividade de regras, ao longo da narrativa o autor não hesita em criar palavras novas através de processos expressivos que contrariam as regras por ele mesmo apresentadas (“nomado”; “Advérbia”; “estazinha”; “Vossa Serência” etc.) Além disso, discutem-se no texto questões como a arbitrariedade do signo lingüístico, a mutabilidade necessária das línguas naturais, preconceito linguístico e variação diatópica, diafásica, distrática e diacrônica, uso versus norma, entre outros aspectos essenciais das teorias lingüísticas emergidas desde o advento do Estruturalismo. Propomos, neste trabalho, que o professor crítico faça valer o potencial de Emília no país da gramática como ponto de partida para suscitar junto aos aprendizes reflexões valiosas acerca de fenômenos lingüísticos e metalinguísticos e, simultaneamente, incentivar a fruição desta obra de interessante valor beletrístico.http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37347 |
| spellingShingle | André Luiz Ming Garcia Érica Santos Soares de Freitas Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato Linha D'Água |
| title | Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato |
| title_full | Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato |
| title_fullStr | Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato |
| title_full_unstemmed | Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato |
| title_short | Viagem em norma e estilo: conjugação de “opostos” em Monteiro Lobato |
| title_sort | viagem em norma e estilo conjugacao de opostos em monteiro lobato |
| url | http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37347 |
| work_keys_str_mv | AT andreluizminggarcia viagememnormaeestiloconjugacaodeopostosemmonteirolobato AT ericasantossoaresdefreitas viagememnormaeestiloconjugacaodeopostosemmonteirolobato |