CURRÍCULO, CULTURA E ANCESTRALIDADE

A Lei 10.639/2003 trouxe para o campo do currículo novos olhares sobre a cultura e ancestralidades negras, ao problematizar a monoculturalidade nos currículos e ao reivindicar produções curriculares multiculturais. Todavia, ao destacar uma identidade negra ancestral, as legislações, como o Currícul...

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Main Author: Luciane dos Silva
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal da Paraíba 2022-05-01
Series:Revista Espaço do Currículo
Subjects:
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publishDate 2022-05-01
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spelling doaj.art-39929bf70de44a659b03d7467d5d46252022-12-26T14:06:11ZspaUniversidade Federal da ParaíbaRevista Espaço do Currículo1983-15792022-05-0115110.22478/ufpb.1983-1579.2022v15n1.62867CURRÍCULO, CULTURA E ANCESTRALIDADELuciane dos Silva0Secretaria de Estado de Educação, Rio de Janeiro, Brasil. A Lei 10.639/2003 trouxe para o campo do currículo novos olhares sobre a cultura e ancestralidades negras, ao problematizar a monoculturalidade nos currículos e ao reivindicar produções curriculares multiculturais. Todavia, ao destacar uma identidade negra ancestral, as legislações, como o Currículo Mínimo do Estado do Rio de Janeiro representam-na em uma temporalidade como objeto epistemológico e metáfora de uma determinada linguagem. Movimento que delimita e restringe vivências e concepções de negritude na atualidade, esboçando uma ancestralidade negra estática, oclusiva e única. Assim, este artigo analisa, através da noção de currículo como enunciação cultural, Bhabha (2014) e Macedo (2006a), como o Projeto Africanidades, no Ciep Carolina Maria de Jesus reencena motivado pela legislação supracitada, na sua produção curricular a ancestralidade negra, introduzindo outras temporalidades culturais. Questionando as representações caricaturais e estereotipadas de negro, cristalizadas nos textos curriculares, parte-se da seguinte problemática: como o Projeto Africanidades trabalha com a ancestralidade negra na performação da sua produção curricular? Por entrevistas, diário de bordo e principalmente observação participativa, analisa-se e destaca-se que o Projeto Africanidades trabalha com a temporalidade das legislações, aliadas a outras temporalidades performáticas, redimensionando a conceituação de ancestralidade negra e currículo na performação da sua produção curricular, reelaborando-os movediços, contingentes e plurais. https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62867CurrículoCulturaAncestralidade NegraEnunciação Cultural
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