O Tradutor como Anjo ou Demônio: Os Rumos da Metáfora de Paulo Rónai a Derrida

Partindo de autores e teóricos tradicionais, como Paulo Rónai, Brenno Silveira e Georges Mounin, passando pela teoria pós-moderna da tradução de Else R. P. Vieira e chegando até o filósofo contemporâneo Jacques Derrida, este artigo traça os rumos da recorrente metáfora que veste o tradutor ora de an...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Raffaella de Filippis
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 1994-12-01
Series:TradTerm
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49947
Description
Summary:Partindo de autores e teóricos tradicionais, como Paulo Rónai, Brenno Silveira e Georges Mounin, passando pela teoria pós-moderna da tradução de Else R. P. Vieira e chegando até o filósofo contemporâneo Jacques Derrida, este artigo traça os rumos da recorrente metáfora que veste o tradutor ora de anjo, ora de demônio. Na visão tradicional, o tradutor é defrontado, de um lado, com a exigência da obediência máxima ao texto de partida (metáfora do anjo) e, de outro, com a irremediável pecha da traição (metáfora do demônio). O pensamento pós-estruturalista, por sua vez, particularmente a desconstrução de Derrida, imprime transformações importantes à metáfora, fazendo surgir um tradutor caracterizado pela ambivalência do phármakon, que encerra remédio e veneno ao mesmo tempo.
ISSN:0104-639X
2317-9511