Kriolu na Skóla?! – uma necessidade real em Cabo Verde
Em Cabo Verde não existe tradição de ensino formal da língua cabo-verdiana (CVL), língua materna de praticamente todos os habitantes das ilhas. Em vez disso, a língua da educação é exclusivamente a portuguesa. Neste artigo analiso este contexto sociolinguístico e examino especificamente três modelos...
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Format: | Article |
Language: | Catalan |
Published: |
Liverpool University Press
2022-11-01
|
Series: | Modern Languages Open |
Online Access: | https://www.modernlanguagesopen.org/articles/401 |
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author | Ana Josefa Cardoso |
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description | Em Cabo Verde não existe tradição de ensino formal da língua cabo-verdiana (CVL), língua materna de praticamente todos os habitantes das ilhas. Em vez disso, a língua da educação é exclusivamente a portuguesa. Neste artigo analiso este contexto sociolinguístico e examino especificamente três modelos inovadores de educação bilingue (dois com a diáspora cabo‑-verdiana em Portugal e um em Cabo Verde) que introduzem o CVL como língua de instrução nas escolas. São os projetos 'Vamos conversar na escola – nu ben papia na skóla' (2002–2005) e o projeto 'Turma Bilingue' (2007–2012) ambos realizados em Portugal, e o projeto cabo-verdiano 'Si ka fila tudu ta fila un pónta' (Se não concretizar a totalidade, concretiza-se uma parte) 'Uma experiência de Educação Bilingue' (2013–2019). Participei dos dois primeiros projetos e dirigi o último. Este artigo reflete sobre as minhas experiências no contexto do meu trabalho como educadora, vincula essa experiência a discussões teóricas no meio académico e também destaca os desafios e oportunidades práticas inerentes à implementação de programas de educação bilingue. Defendo os benefícios do uso de línguas maternas e minoritárias nas salas de aula, uma vez que isso maximiza a experiência e o potencial de aprendizagem dos alunos, promovendo oportunidades para o desenvolvimento do seu bilinguismo e da biliteracia. Com referência específica à situação em Cabo Verde, apelo a um maior investimento na formação de professores e na criação de materiais didáticos adequados, o que, como defendo, exigirá uma maior coragem política para priorizar a questão da língua nas escolas. For the English version, click on the download button on the right. |
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spelling | doaj.art-3a1a906cc64f4cc289941c5e30d195a02022-12-22T03:53:42ZcatLiverpool University PressModern Languages Open2052-53972022-11-01110.3828/mlo.v0i0.401266Kriolu na Skóla?! – uma necessidade real em Cabo VerdeAna Josefa Cardoso0Universidade Nova de LisboaEm Cabo Verde não existe tradição de ensino formal da língua cabo-verdiana (CVL), língua materna de praticamente todos os habitantes das ilhas. Em vez disso, a língua da educação é exclusivamente a portuguesa. Neste artigo analiso este contexto sociolinguístico e examino especificamente três modelos inovadores de educação bilingue (dois com a diáspora cabo‑-verdiana em Portugal e um em Cabo Verde) que introduzem o CVL como língua de instrução nas escolas. São os projetos 'Vamos conversar na escola – nu ben papia na skóla' (2002–2005) e o projeto 'Turma Bilingue' (2007–2012) ambos realizados em Portugal, e o projeto cabo-verdiano 'Si ka fila tudu ta fila un pónta' (Se não concretizar a totalidade, concretiza-se uma parte) 'Uma experiência de Educação Bilingue' (2013–2019). Participei dos dois primeiros projetos e dirigi o último. Este artigo reflete sobre as minhas experiências no contexto do meu trabalho como educadora, vincula essa experiência a discussões teóricas no meio académico e também destaca os desafios e oportunidades práticas inerentes à implementação de programas de educação bilingue. Defendo os benefícios do uso de línguas maternas e minoritárias nas salas de aula, uma vez que isso maximiza a experiência e o potencial de aprendizagem dos alunos, promovendo oportunidades para o desenvolvimento do seu bilinguismo e da biliteracia. Com referência específica à situação em Cabo Verde, apelo a um maior investimento na formação de professores e na criação de materiais didáticos adequados, o que, como defendo, exigirá uma maior coragem política para priorizar a questão da língua nas escolas. For the English version, click on the download button on the right.https://www.modernlanguagesopen.org/articles/401 |
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