Poetry: theory, practice and feedback to theory
Constitui uma assertiva comum nos estudos tradutológicos que um poema é ‘intraduzível’ ou que somente pode ser traduzido por poetas. O presente artigo questiona este ponto de vista e argumenta que, caso essa assertiva se mostre errônea, outros pressupostos ‘inquestionáveis’ da tradução também podem...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo
1997-12-01
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Series: | TradTerm |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49856 |
Summary: | Constitui uma assertiva comum nos estudos tradutológicos que um poema é ‘intraduzível’ ou que somente pode ser traduzido por poetas. O presente artigo questiona este ponto de vista e argumenta que, caso essa assertiva se mostre errônea, outros pressupostos ‘inquestionáveis’ da tradução também podem ser contestados. É bem verdade que nenhuma ‘equivalência’ estrita é possível na tradução poética, mas tal requisito também é inaplicável a qualquer outro tipo de tradução. O autor descreve uma atividade de sala de aula, em que os estudantes lêem uns os poemas dos outros, conduzem debates animados e, por fim, sentem-se encorajados a ‘fazer o impossível’, ou seja, praticar a tradução poética. Apresentam-se amostras de traduções de alunos, entre o inglês e o dinamarquês, para discutir sua aceitabilidade e méritos poéticos. Os resultados sugerem que a questão tratada por André Lefevere em Translating Poetry (1975) constitui um caso especial, e não geral. Defende-se a noção de que a poesia traduzida para o dinamarquês emprega, de forma sistemática, estratégias compensatórias mediante a introdução de características tidas por ‘poéticas’ na cultura dinamarquesa. |
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ISSN: | 0104-639X 2317-9511 |