Educando a criança anormal
O presente artigo discorre sobre o intercâmbio franco-brasileira acerca da educação da criança idiota e foca em duas figuras chaves desta rede: Désiré-Magloire Bourneville, chefe da seção infantil do hospital francês de Bicêtre, e o Antônio Fernandes Figueira, diretor da primeira ala dedicada ao tra...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Departamento de História
2022-12-01
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Series: | Projeto História |
Subjects: | |
Online Access: | https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/59172 |
Summary: | O presente artigo discorre sobre o intercâmbio franco-brasileira acerca da educação da criança idiota e foca em duas figuras chaves desta rede: Désiré-Magloire Bourneville, chefe da seção infantil do hospital francês de Bicêtre, e o Antônio Fernandes Figueira, diretor da primeira ala dedicada ao tratamento psiquiátrico infantil no Brasil, o Pavilhão Bourneville. O artigo busca entender a mudança na interpretação da idiotia encabeçada por psiquiatras franceses, que passaram a compreender a doença como recuperável através da educação. Em seguida, analisamos a apropriação desta tese no Brasil a partir das convergências e divergências entre Figueira e Bourneville quanto ao tratamento da idiotia. Por fim, almeja-se compreender a agência dos médicos brasileiros no reordenamento do conhecimento francês, demonstrando em que medida a resposta social à doença foi única no Brasil. Diferentemente do caso francês, no Brasil republicano o tratamento da idiotia se associou ao projeto de redenção nacional através do sanitarismo e higienismo.
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ISSN: | 0102-4442 2176-2767 |