Summary: | A comunicação no campo da saúde é um imperativo ético e, no caso da comunicação sobre riscos, seguiu longa trajetória, que levou de modalidades unidirecionais de transmissão de informação de especialistas para a população à paulatina participação do público, de modo a incentivar a alfabetização nesse âmbito como precondição para modificar práticas visando à promoção da saúde. Na perspectiva das ciências sociais, em um primeiro momento, a contribuição maior veio da psicologia cognitiva, sobretudo das pesquisas baseadas na psicometria. A psicologia social entra nesse campo mais tardiamente, sendo objetivo desta nota de conjuntura pontuar as contribuições dos estudos sobre linguagens dos riscos, mais especificamente a respeito das distintas tradições discursivas, a fim de entender os processos de produção de sentido sobre riscos na vida cotidiana, propondo que a mediação psicossocial é relevante para romper com a dicotomia entre especialistas e leigos.
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