Interdisciplinaridade e intersetorialidade na Estratégia Saúde da Família e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família: potencialidades e desafios

A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi implantada com o objetivo de reorientar o modelo assistencial em saúde, por meio do desenvolvimento de atividades de promoção de saúde, prevenção de riscos e agravos, recuperação e reabilitação, tendo como foco o sujeito, sua família e a comunidade. Para apoi...

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Bibliographic Details
Main Authors: Luís Felipe Ferro, Emelin Cristina da Silva, Ana Beatriz Zimmermann, Regina Célia Titotto Castanharo, Fernanda Rodrigues Leite de Oliveira
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2014-04-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/379
Description
Summary:A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi implantada com o objetivo de reorientar o modelo assistencial em saúde, por meio do desenvolvimento de atividades de promoção de saúde, prevenção de riscos e agravos, recuperação e reabilitação, tendo como foco o sujeito, sua família e a comunidade. Para apoiar a ESF, o Ministério da Saúde criou, em 2008, os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O NASF objetiva aumentar o escopo de ações e a resolutividade da ESF trabalhando de forma compartilhada. Nesse contexto, este estudo buscou compreender algumas das potencialidades e dificuldades para o exercício da interdisciplinaridade e intersetorialidade vivenciadas pelos profissionais da ESF e NASF de uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba. Por meio de uma pesquisa exploratória de cunho qualitativo, foram entrevistados 12 profissionais da ESF e NASF no período de novembro de 2011 a janeiro de 2012. Os dados foram analisados com base no método hermenêutico dialético. Os participantes demonstraram a valorização da prática interdisciplinar e intersetorial. No entanto, alguns relatos demonstraram certa fragmentação do trabalho pela valorização da especialização dos saberes. Ainda, como barreiras, alguns relatos destacaram: o excesso de demanda de trabalho; a restrição da comunicação entre os diferentes equipamentos sociais a encaminhamentos e eventuais ligações telefônicas; a falta de interesse de determinados equipamentos no trabalho conjunto. Dessa forma, reforça-se aqui a necessidade da implantação de novas estratégias gerenciais em saúde que promovam possibilidades formais de encontro entre profissionais dos diferentes equipamentos sociais para efetiva elaboração conjunta de ações.
ISSN:0104-7809
1980-3990