Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas
Este artigo relata um estudo sobre a familiaridade de alunos de Ensino Médio com situações análogas. Procurou-se evidenciar em que medida as situações análogas a eles apresentadas em atividades de ensino lhes são familiares, a partir das justificativas que deram ao avaliar tal familiaridade. Para i...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
2009-05-01
|
Series: | Caderno Brasileiro de Ensino de Física |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/10501 |
_version_ | 1818294450892308480 |
---|---|
author | Leandro Londero da Silva Eduardo A Terrazzan |
author_facet | Leandro Londero da Silva Eduardo A Terrazzan |
author_sort | Leandro Londero da Silva |
collection | DOAJ |
description | Este artigo relata um estudo sobre a familiaridade de alunos de Ensino Médio com situações análogas. Procurou-se evidenciar em que medida as situações análogas a eles apresentadas em atividades de ensino lhes são familiares, a partir das justificativas que deram ao avaliar tal familiaridade. Para isso, primeiramente, lançamos mão de questionários, aplicados a 112 estudantes de segundas e terceiras séries de quatro escolas das cidades de Candelária, Nova Palma e Santa Maria no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Em continuidade, realizamos entrevistas individuais com uma amostra de 06 alunos de uma das escolas envolvidas neste estudo para aprofundar a coleta de informações. A análise de todo o material coletado revelou que: a) os alunos consideram familiares apenas as situações efetivamente vivenciadas; b) alguns estudantes geraram novos análogos, além dos já apresentados, mudando de um aluno para o outro os análogos sugeridos; c) análogos que parecem adequados para cientistas ou para professores, por vezes, não se mostraram dessa forma para os alunos, que os rejeitaram; d) a necessidade de justificar a familiaridade com os análogos fez com que os alunos explorassem suas experiências pessoais, em busca de outros análogos que lhes permitissem justificar os primeiros; e) as justificativas para a familiaridade partiram de fundamentações distintas; enquanto alguns recorreram a situações vivenciadas e/ou a experiências profissionais, outros apelaram a conhecimentos que se enquadram no domínio dos conteúdos escolares; f) os alunos manifestaram partilhar de conhecimentos e informações científicas, aprendidos tanto na escola como fora dela, utilizando-se deles para produzir suas respostas; g) os análogos com origem num tópico conceitual de um domínio científico específico parecem correr o risco de serem pouco familiares; h) situações análogas que mostraram-se não-familiares aos alunos de um contexto social podem ser familiares em outro contexto; i) os aspectos sócio-culturais da região em que vivem os alunos tendem a condicionar o conhecimento que eles costumam demonstrar sobre os análogos. Diante desse conjunto de evidências, sugere-se que os professores, durante o ensino com analogias, verifiquem quais análogos convêm utilizar em um determinado contexto. Recomenda-se, ainda, dar preferência a análogos presentes no cotidiano dos alunos ou por eles sugeridos. |
first_indexed | 2024-12-13T03:31:57Z |
format | Article |
id | doaj.art-3dcfbf2b3a0b43d1a2f537b5720193ec |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1677-2334 2175-7941 |
language | Spanish |
last_indexed | 2024-12-13T03:31:57Z |
publishDate | 2009-05-01 |
publisher | Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
record_format | Article |
series | Caderno Brasileiro de Ensino de Física |
spelling | doaj.art-3dcfbf2b3a0b43d1a2f537b5720193ec2022-12-22T00:01:09ZspaUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC)Caderno Brasileiro de Ensino de Física1677-23342175-79412009-05-0126114517210.5007/2175-7941.2009v26n1p1459175Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogasLeandro Londero da Silva0Eduardo A Terrazzan1UnicampUFSM - Rio Grande do SulEste artigo relata um estudo sobre a familiaridade de alunos de Ensino Médio com situações análogas. Procurou-se evidenciar em que medida as situações análogas a eles apresentadas em atividades de ensino lhes são familiares, a partir das justificativas que deram ao avaliar tal familiaridade. Para isso, primeiramente, lançamos mão de questionários, aplicados a 112 estudantes de segundas e terceiras séries de quatro escolas das cidades de Candelária, Nova Palma e Santa Maria no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Em continuidade, realizamos entrevistas individuais com uma amostra de 06 alunos de uma das escolas envolvidas neste estudo para aprofundar a coleta de informações. A análise de todo o material coletado revelou que: a) os alunos consideram familiares apenas as situações efetivamente vivenciadas; b) alguns estudantes geraram novos análogos, além dos já apresentados, mudando de um aluno para o outro os análogos sugeridos; c) análogos que parecem adequados para cientistas ou para professores, por vezes, não se mostraram dessa forma para os alunos, que os rejeitaram; d) a necessidade de justificar a familiaridade com os análogos fez com que os alunos explorassem suas experiências pessoais, em busca de outros análogos que lhes permitissem justificar os primeiros; e) as justificativas para a familiaridade partiram de fundamentações distintas; enquanto alguns recorreram a situações vivenciadas e/ou a experiências profissionais, outros apelaram a conhecimentos que se enquadram no domínio dos conteúdos escolares; f) os alunos manifestaram partilhar de conhecimentos e informações científicas, aprendidos tanto na escola como fora dela, utilizando-se deles para produzir suas respostas; g) os análogos com origem num tópico conceitual de um domínio científico específico parecem correr o risco de serem pouco familiares; h) situações análogas que mostraram-se não-familiares aos alunos de um contexto social podem ser familiares em outro contexto; i) os aspectos sócio-culturais da região em que vivem os alunos tendem a condicionar o conhecimento que eles costumam demonstrar sobre os análogos. Diante desse conjunto de evidências, sugere-se que os professores, durante o ensino com analogias, verifiquem quais análogos convêm utilizar em um determinado contexto. Recomenda-se, ainda, dar preferência a análogos presentes no cotidiano dos alunos ou por eles sugeridos.https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/10501analogias no ensino de ciênciasensino de físicaatividades didáticas. |
spellingShingle | Leandro Londero da Silva Eduardo A Terrazzan Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas Caderno Brasileiro de Ensino de Física analogias no ensino de ciências ensino de física atividades didáticas. |
title | Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas |
title_full | Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas |
title_fullStr | Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas |
title_full_unstemmed | Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas |
title_short | Familiaridade de alunos de ensino médio com situações análogas |
title_sort | familiaridade de alunos de ensino medio com situacoes analogas |
topic | analogias no ensino de ciências ensino de física atividades didáticas. |
url | https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/10501 |
work_keys_str_mv | AT leandrolonderodasilva familiaridadedealunosdeensinomediocomsituacoesanalogas AT eduardoaterrazzan familiaridadedealunosdeensinomediocomsituacoesanalogas |