Cartas Náuticas com Modelos SEP: Evolução Histórica, e Perspectivas para Hidrografia Brasileira
Os avanços das técnicas GNSS de alta precisão permitiram a diminuição das incertezas verticais dos levantamentos batimétricos, com uma melhor determinação do heave, do calado dinâmico e redução dos erros cotidais. Contudo, é necessário a determinação de um modelo de separação (SEP) entre o Datum da...
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Universidade Federal de Uberlândia
2020-12-01
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author | Felipe Rodrigues Santana Claudia Pereira Krueger Tulio Alves Santana Guilherme Antonio Gomes Nascimento Aluízio Maciel Oliveira Junior |
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description | Os avanços das técnicas GNSS de alta precisão permitiram a diminuição das incertezas verticais dos levantamentos batimétricos, com uma melhor determinação do heave, do calado dinâmico e redução dos erros cotidais. Contudo, é necessário a determinação de um modelo de separação (SEP) entre o Datum da Carta Náutica (DCN) e o elipsoide de referência. Neste artigo será apresentada uma evolução histórica sobre o desenvolvimento de modelos SEP no mundo através de sete países: Estados Unidos, Canadá, Holanda, Arábia Saudita, Colômbia, Inglaterra e Brasil. O resultado das estratégias adotadas por países estrangeiros mostra incertezas de modelos SEP variando de 6,6 cm a 22,6 cm em relação ao ITRF. No caso do Brasil, é descrito um estudo pioneiro para o SEP da Baía de Guanabara, onde foi encontrada uma diferença média de 2,5 cm com um desvio padrão de 5,1 cm entre a superfície gerada com método de redução tradicional e por maré-GPS. Para uma cobertura nacional, é apresentado o projeto Alt-Bat, que prevê a utilização do geoide como referência vertical para os modelos hidrodinâmicos. Quanto às perspectivas, percebe-se um ciclo virtuoso para o desenvolvimento portuário: o investimento em dados ambientais, fornece uma maior acurácia de modelos SEP e menor incerteza dos levantamentos, propiciando maior calado, possibilidade do aumento no fluxo de cargas em portos e mais recursos para investimento. Por fim são apresentados os desafios a serem superados para a Hidrografia brasileira visando a determinação do DCN com uma acurácia de 10 cm em relação ao ITRF. Os modelos SEP são fundamentais para a integração de informações provenientes de diferentes referenciais verticais proporcionando uma navegação segura e gestão de processos costeiros. |
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spelling | doaj.art-3e04eb2be2144f5b9c2fdb8a0974edae2022-12-21T17:13:46ZengUniversidade Federal de UberlândiaRevista Brasileira de Cartografia0560-46131808-09362020-12-01721299132810.14393/rbcv72nespecial50anos-5661656616Cartas Náuticas com Modelos SEP: Evolução Histórica, e Perspectivas para Hidrografia BrasileiraFelipe Rodrigues Santana0Claudia Pereira Krueger1Tulio Alves Santana2Guilherme Antonio Gomes Nascimento3Aluízio Maciel Oliveira Junior4Universidade Federal do ParanáUniversidade Federal do ParanáUniversidade Federal de Uberlândia Centro de Hidrografia da MarinhaDELFOS MARÍTIMAOs avanços das técnicas GNSS de alta precisão permitiram a diminuição das incertezas verticais dos levantamentos batimétricos, com uma melhor determinação do heave, do calado dinâmico e redução dos erros cotidais. Contudo, é necessário a determinação de um modelo de separação (SEP) entre o Datum da Carta Náutica (DCN) e o elipsoide de referência. Neste artigo será apresentada uma evolução histórica sobre o desenvolvimento de modelos SEP no mundo através de sete países: Estados Unidos, Canadá, Holanda, Arábia Saudita, Colômbia, Inglaterra e Brasil. O resultado das estratégias adotadas por países estrangeiros mostra incertezas de modelos SEP variando de 6,6 cm a 22,6 cm em relação ao ITRF. No caso do Brasil, é descrito um estudo pioneiro para o SEP da Baía de Guanabara, onde foi encontrada uma diferença média de 2,5 cm com um desvio padrão de 5,1 cm entre a superfície gerada com método de redução tradicional e por maré-GPS. Para uma cobertura nacional, é apresentado o projeto Alt-Bat, que prevê a utilização do geoide como referência vertical para os modelos hidrodinâmicos. Quanto às perspectivas, percebe-se um ciclo virtuoso para o desenvolvimento portuário: o investimento em dados ambientais, fornece uma maior acurácia de modelos SEP e menor incerteza dos levantamentos, propiciando maior calado, possibilidade do aumento no fluxo de cargas em portos e mais recursos para investimento. Por fim são apresentados os desafios a serem superados para a Hidrografia brasileira visando a determinação do DCN com uma acurácia de 10 cm em relação ao ITRF. Os modelos SEP são fundamentais para a integração de informações provenientes de diferentes referenciais verticais proporcionando uma navegação segura e gestão de processos costeiros.http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/56616hidrografiagnssmodelagemmaré-gpsaltimetria satelital |
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