Cuidado compartilhado de pessoas vivendo com HIV/AIDS na Atenção Primária
Introdução: Buscando instituir ações para prevenir e reduzir a transmissão, melhorar o acesso ao tratamento e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV), a rede municipal de saúde de Florianópolis implantou entre 2015 e 2016 uma nova forma de suporte em Infectologia para a Atenção...
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Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2020-05-01
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author | Vanessa Karoline Alves de Carvalho Dannielle Fernandes Godoi Filipe de Barros Perini Ana Cristina Vidor |
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description | Introdução: Buscando instituir ações para prevenir e reduzir a transmissão, melhorar o acesso ao tratamento e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV), a rede municipal de saúde de Florianópolis implantou entre 2015 e 2016 uma nova forma de suporte em Infectologia para a Atenção Primária a Saúde (APS). Objetivo: Descrever os resultados encontrados no município no processo de descentralização e cuidado compartilhado de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) com a APS de Florianópolis. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo. Os dados foram obtidos de relatórios do prontuário eletrônico local e a partir de questionário estruturado aplicado junto aos médicos da APS de Florianópolis. Resultados: Entre 2014 e 2018, o número de atendimentos na APS relacionados ao cuidado de PVHIV teve um aumento expressivo, sobretudo após 2016, acompanhado de uma redução de 45,7% na proporção de encaminhamentos para infectologia após a implantação do apoio matricial em infectologia. Aliada à redução da taxa de encaminhamento evidenciou-se a habilidade na prescrição de Terapia Antirretroviral (TARV) por 100% dos médicos da APS entrevistados. Em relação à situação de acompanhamento de PVHIV, exclusivamente sob cuidados da APS, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os médicos que fazem preceptoria em ensino na graduação e residência e os que são residentes ou tem formação específica em medicina de família e comunidade (MFC) em relação aos médicos sem formação específica. A proporção de médicos que se sentem seguros e confiantes em realizar esse tipo de atendimento na APS também foi significativamente maior entre os médicos que fazem preceptoria e são médicos de família e comunidade. Conclusões: A implantação do Apoio Matricial da Infectologia para a APS trouxe grande avanço para o município de Florianópolis, no que tange ao acesso e qualificação do cuidado das pessoas vivendo com HIV/AIDS. Os resultados foram mais significativos para os profissionais envolvidos com atividades de preceptoria e formação específica em MFC, o que reforça o papel da educação permanente na qualificação da coordenação do cuidado pela APS. |
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