Representações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na imprensa
O trabalho tem como objetivo analisar discursos que colocam em cena o conflito entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e fazendeiros, na região sudeste paraense. Os discursos analisados são veiculados em duas chamadas de notícias publicadas em um jornal de circulação regional: Co...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
2016-08-01
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Series: | Calidoscópio |
Online Access: | http://www.revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/9381 |
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author | Laécio Rocha de Sena Nilsa Brito Ribeiro |
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O trabalho tem como objetivo analisar discursos que colocam em cena o conflito entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e fazendeiros, na região sudeste paraense. Os discursos analisados são veiculados em duas chamadas de notícias publicadas em um jornal de circulação regional: Correio do Tocantins, sediado na cidade de Marabá, situada na Amazônia Oriental Brasileira. Nossas análises, fundamentadas em pressupostos teóricos da Análise de Discurso (AD), focalizam a disputa ideológica em relação à formação do espaço agrário na Amazônia, particularmente nas regiões Sul e Sudeste do Pará, caracterizadas por uma história de intensa luta e conflitos pela terra. Destacamos no discurso da imprensa o conflito declarado entre o MST, fazendeiros ou empresas agropecuárias e Governo do Estado. Evidenciamos, também, nas análises, uma prática discursiva da mídia, em que uma imagem negativa deste movimento social vai se construindo, de modo que a relação entre o discurso do fazendeiro e o discurso da imprensa adquire limites tênues. O que se observa é o efeito de ‘captação’ do discurso do fazendeiro pela mídia. Na voz do jornal está presente a heterogeneidade discursiva orientada pelo conflito instaurado, sobressaindo-se, nos discursos, sentidos de criminalização do movimento social.
Palavras-chave: discurso, imprensa, MST.
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spelling | doaj.art-3ece1923ab0a450b9053b16a4e2f6e8b2022-12-22T02:38:45ZporUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)Calidoscópio2177-62022016-08-01142Representações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na imprensaLaécio Rocha de Sena0Nilsa Brito Ribeiro1UNIVERSIDADE FEDERALDO SUL E SUDESTE DO PARÁUniversidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)-Instituto de Linguística, Letras e Artes (ILLA) O trabalho tem como objetivo analisar discursos que colocam em cena o conflito entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e fazendeiros, na região sudeste paraense. Os discursos analisados são veiculados em duas chamadas de notícias publicadas em um jornal de circulação regional: Correio do Tocantins, sediado na cidade de Marabá, situada na Amazônia Oriental Brasileira. Nossas análises, fundamentadas em pressupostos teóricos da Análise de Discurso (AD), focalizam a disputa ideológica em relação à formação do espaço agrário na Amazônia, particularmente nas regiões Sul e Sudeste do Pará, caracterizadas por uma história de intensa luta e conflitos pela terra. Destacamos no discurso da imprensa o conflito declarado entre o MST, fazendeiros ou empresas agropecuárias e Governo do Estado. Evidenciamos, também, nas análises, uma prática discursiva da mídia, em que uma imagem negativa deste movimento social vai se construindo, de modo que a relação entre o discurso do fazendeiro e o discurso da imprensa adquire limites tênues. O que se observa é o efeito de ‘captação’ do discurso do fazendeiro pela mídia. Na voz do jornal está presente a heterogeneidade discursiva orientada pelo conflito instaurado, sobressaindo-se, nos discursos, sentidos de criminalização do movimento social. Palavras-chave: discurso, imprensa, MST. http://www.revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/9381 |
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