A participação das mulheres com câncer de mama na escolha do tratamento: um direito a ser conquistado

Esta pesquisa pretendeu identificar como as mulheres com câncer de mama se percebem enquanto sujeitos no processo de tomada de decisão sobre seu tratamento. Os objetivos foram: identificar determinantes sociais e políticos presentes no processo de socialização dessas mulheres que contribuíram para a...

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Bibliographic Details
Main Authors: Sandra Lucia Arantes, Marli Villela Mamede
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo
Series:Revista Latino-Americana de Enfermagem
Subjects:
Online Access:http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692003000100008&lng=en&tlng=en
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author Sandra Lucia Arantes
Marli Villela Mamede
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description Esta pesquisa pretendeu identificar como as mulheres com câncer de mama se percebem enquanto sujeitos no processo de tomada de decisão sobre seu tratamento. Os objetivos foram: identificar determinantes sociais e políticos presentes no processo de socialização dessas mulheres que contribuíram para a adoção de um estilo de participar, e compreender o significado da participação tal como foi percebido por elas no momento de decidirem sobre seu tratamento. A fundamentação teórico-metodológica foi inspirada no Interacionismo Simbólico. A amostra constou de nove mulheres com câncer de mama. A entrevista semi-estruturada conduziu à coleta de dados, assim como as anotações de campo e os dados do prontuário. Tomando-se a dialética hermenêutica como caminho do pensamento interpretativo dos dados, foi possível apreender duas grandes unidades temáticas: 'construção da identidade feminina' e 'estilo de participação na escolha do tratamento', as quais nos permitiram apreender o que, para elas, significou falar de limites e, portanto, de ética. Elas interpretaram que não participaram do processo de tomada de decisão por serem consideradas desqualificadas para decidirem sobre seus corpos e suas vidas - portanto, como sujeitos de obediência à decisão médica, que se fundamenta no princípio da beneficência, sendo que atendimento à saúde se estrutura por meio de relações sociais hierarquizadas cujas relações de poder se dão entre classes, gêneros e saberes.
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