Aprendizagens com signos trans - uma transetopoiese disruptiva
RESUMO Através de uma cartografia das linhas de formação, o artigo problematiza a hipótese, levantada pela literatura, da presença de uma insuficiência formativa dos trabalhadores da saúde como causa do desrespeito ao nome social, da discriminação e da patologização das identidades trans, que impede...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal do Paraná
2020-12-01
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Series: | Educar em Revista |
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author | Pablo Cardozo Rocon Maria Elizabeth Barros de Barros Heliana de Barros Conde Rodrigues |
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description | RESUMO Através de uma cartografia das linhas de formação, o artigo problematiza a hipótese, levantada pela literatura, da presença de uma insuficiência formativa dos trabalhadores da saúde como causa do desrespeito ao nome social, da discriminação e da patologização das identidades trans, que impedem o acesso dessa população aos serviços de saúde. Foram realizadas entrevistas gravadas em áudio com 7 (sete) trabalhadoras de um ambulatório do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS) lotado em hospital universitário, e com 2 (dois) usuários. Analisa-se um conjunto de estratégias formativas que convergem para uma formação normalizadora que percorre linhas molares, nas quais os(as) trabalhadores(as) são disciplinados por protocolos e manuais de diagnóstico a aplicar as normas binárias de gênero e a heteronormatividade em seus processos de trabalho, produzindo a patologização das identidades trans e tornando seletivo o acesso aos serviços. A aposta feita no artigo é a de que o encontro com as pessoas trans pode fazer emergir aprendizados com signos que catalisam a experiência de uma arte de fazer-se trans, a qual culmina no mal-estar do desencontro com as verdades sobre gêneros e sexualidade. Sair de tal mal-estar supõe experimentar-se com tais signos - uma experimentação transetopoiética com a produção de um corpo com novos contornos, capaz de suportar a diferença que pede passagem, abrindo caminho para a produção de modos de viver e trabalhar com a saúde trans que afirmem a diferença. |
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publishDate | 2020-12-01 |
publisher | Universidade Federal do Paraná |
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spelling | doaj.art-40091b46a5d049f796f0e26fca036cd42022-12-22T01:39:25ZengUniversidade Federal do ParanáEducar em Revista0104-40602020-12-013610.1590/0104-4060.74656Aprendizagens com signos trans - uma transetopoiese disruptivaPablo Cardozo Roconhttps://orcid.org/0000-0003-2696-5786Maria Elizabeth Barros de Barroshttps://orcid.org/0000-0003-1123-4374Heliana de Barros Conde Rodrigueshttps://orcid.org/0000-0002-4687-3646RESUMO Através de uma cartografia das linhas de formação, o artigo problematiza a hipótese, levantada pela literatura, da presença de uma insuficiência formativa dos trabalhadores da saúde como causa do desrespeito ao nome social, da discriminação e da patologização das identidades trans, que impedem o acesso dessa população aos serviços de saúde. Foram realizadas entrevistas gravadas em áudio com 7 (sete) trabalhadoras de um ambulatório do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS) lotado em hospital universitário, e com 2 (dois) usuários. Analisa-se um conjunto de estratégias formativas que convergem para uma formação normalizadora que percorre linhas molares, nas quais os(as) trabalhadores(as) são disciplinados por protocolos e manuais de diagnóstico a aplicar as normas binárias de gênero e a heteronormatividade em seus processos de trabalho, produzindo a patologização das identidades trans e tornando seletivo o acesso aos serviços. A aposta feita no artigo é a de que o encontro com as pessoas trans pode fazer emergir aprendizados com signos que catalisam a experiência de uma arte de fazer-se trans, a qual culmina no mal-estar do desencontro com as verdades sobre gêneros e sexualidade. Sair de tal mal-estar supõe experimentar-se com tais signos - uma experimentação transetopoiética com a produção de um corpo com novos contornos, capaz de suportar a diferença que pede passagem, abrindo caminho para a produção de modos de viver e trabalhar com a saúde trans que afirmem a diferença.http://www.scielo.br/pdf/er/v36/en_1984-0411-er-36-e74656.pdfTransexualidadesSaúdeProcessos formativosAprendizagens com signosTrabalhadores da saúde |
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