Advérbios e o movimento do verbo

Os advérbios têm sido utilizados em larga escala, em Gramática Gerativa, como diagnósticos para o movimento do verbo e de outros constituintes da oração, uma vez que ocupam posições rígidas e fixas na estrutura oracional. Com o avanço das pesquisas do Programa Cartográfico e consequente assunção de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Aquiles Tescari Neto
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Linguística 2019-04-01
Series:Fórum Linguístico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/59295
Description
Summary:Os advérbios têm sido utilizados em larga escala, em Gramática Gerativa, como diagnósticos para o movimento do verbo e de outros constituintes da oração, uma vez que ocupam posições rígidas e fixas na estrutura oracional. Com o avanço das pesquisas do Programa Cartográfico e consequente assunção de uma estrutura oracional enriquecida, é pertinente perguntar quais advérbios seriam de fato diagnósticos fidedignos para o movimento do verbo. O trabalho tem, então, por objetivo principal, valendo-se especialmente de dados do português brasileiro, mostrar a pertinência da utilização de advérbios baixos como testes para o movimento do verbo à flexão nessa língua. Será revisitada a literatura pertinente no intuito de mostrar por que advérbios baixos são bons diagnósticos à subida do verbo temático (tanto em sua forma finita, como no infinitivo, gerúndio e particípio). Num segundo momento, o trabalho apresentará argumentos contra a assunção de advérbios altos ou sentenciais como diagnósticos à subida do verbo em português do Brasil. Nessa língua, portanto, somente advérbios baixos podem ser tomados como diagnósticos, dado que os altos (ou sentenciais) não podem aparecer em posição sentencial final, independentemente da forma do verbo temático considerada.
ISSN:1415-8698
1984-8412