Função tiroideia, estado de humor e cognição no idoso
Objectivos: determinar a prevalência de disfunção tiroideia na população idosa e analisar a associação entre a função tiroideia e alterações cognitivas e do estado de humor. Tipo de estudo: estudo observacional, transversal e analítico. Local: Unidade de Saúde Familiar Ponte. População: a...
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Format: | Article |
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2013-01-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Cláudia Bulhões Pedro Fonte Mafalda Jordão Abreu Rui Oliveira João Antunes Sílvia Neto Sousa |
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Objectivos: determinar a prevalência de disfunção tiroideia na população idosa e analisar a associação entre a função tiroideia
e alterações cognitivas e do estado de humor.
Tipo de estudo: estudo observacional, transversal e analítico.
Local: Unidade de Saúde Familiar Ponte.
População: amostra aleatória de indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos.
Métodos: aplicou-se um questionário relativo a características sociodemográficas e clínicas dos utentes. A função cognitiva foi
avaliada pelo Mini-Mental State Examination (MMSE) e o estado de humor pela Hospital Anxiety and Depression Scale. Os níveis
de hormona tiroestimulante (TSH) e levotiroxina livre foram doseados numa amostra de sangue venoso periférico. O risco de
apresentar disfunção cognitiva ou alteração do humor foi estimado por regressão logística não condicional, através de odds ratio
(OR) e intervalos de confiança (IC 95%). Calcularam-se médias ajustadas para a idade e escolaridade, utilizando a regressão
linear múltipla, para os domínios avaliados pelo MMSE.
Resultados: avaliaram-se 263 utentes (52,5% do género feminino), com idade média de 72,1 anos (± 5,3). Do total da amostra,
21,7% obtiveram uma pontuação sugestiva de demência, 12% de ansiedade e 16,8% de depressão. Quatro utentes apresentavam
hipotiroidismo (1,5%), 14 hipotiroidismo subclínico (5,3%), 3 hipertiroidismo (1,1%) e 2 hipertiroidismo subclínico (0,8%).
Valores mais altos de TSH demonstraram-se significativamente associados a ansiedade (OR = 1,25 IC 95% 1,01-1,67). Não
foram encontradas diferenças significativas entre o valor de TSH e disfunção cognitiva e depressão. A prevalência de demência
foi significativamente superior nos doentes com depressão e/ou ansiedade.
Conclusões: a prevalência de disfunção tiroideia encontrada é semelhante à descrita na literatura, para idosos da comunidade.
Verificou-se uma associação entre os valores de TSH e ansiedade. Não foi encontrada associação entre os níveis das hormonas
tiroideias e a presença de disfunção cognitiva ou sintomas depressivos
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-40ca1d83e9e14c4189b0d0f160d14c632024-03-20T14:07:10ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812013-01-0129110.32385/rpmgf.v29i1.11045Função tiroideia, estado de humor e cognição no idosoCláudia Bulhões0Pedro Fonte1Mafalda Jordão Abreu2Rui Oliveira3João Antunes4Sílvia Neto Sousa5Interno(a) de Medicina Geral e Familiar na USF Ponte Assistente Convidado(a) da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do MinhoInterno(a) de Medicina Geral e Familiar na USF Ponte Assistente Convidado(a) da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do MinhoInterno(a) de Medicina Geral e Familiar na USF PonteInterno(a) de Medicina Geral e Familiar na USF PonteAluno do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do MinhoAssistente de Medicina Geral e Familiar na UCSP Cabreiros Objectivos: determinar a prevalência de disfunção tiroideia na população idosa e analisar a associação entre a função tiroideia e alterações cognitivas e do estado de humor. Tipo de estudo: estudo observacional, transversal e analítico. Local: Unidade de Saúde Familiar Ponte. População: amostra aleatória de indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Métodos: aplicou-se um questionário relativo a características sociodemográficas e clínicas dos utentes. A função cognitiva foi avaliada pelo Mini-Mental State Examination (MMSE) e o estado de humor pela Hospital Anxiety and Depression Scale. Os níveis de hormona tiroestimulante (TSH) e levotiroxina livre foram doseados numa amostra de sangue venoso periférico. O risco de apresentar disfunção cognitiva ou alteração do humor foi estimado por regressão logística não condicional, através de odds ratio (OR) e intervalos de confiança (IC 95%). Calcularam-se médias ajustadas para a idade e escolaridade, utilizando a regressão linear múltipla, para os domínios avaliados pelo MMSE. Resultados: avaliaram-se 263 utentes (52,5% do género feminino), com idade média de 72,1 anos (± 5,3). Do total da amostra, 21,7% obtiveram uma pontuação sugestiva de demência, 12% de ansiedade e 16,8% de depressão. Quatro utentes apresentavam hipotiroidismo (1,5%), 14 hipotiroidismo subclínico (5,3%), 3 hipertiroidismo (1,1%) e 2 hipertiroidismo subclínico (0,8%). Valores mais altos de TSH demonstraram-se significativamente associados a ansiedade (OR = 1,25 IC 95% 1,01-1,67). Não foram encontradas diferenças significativas entre o valor de TSH e disfunção cognitiva e depressão. A prevalência de demência foi significativamente superior nos doentes com depressão e/ou ansiedade. Conclusões: a prevalência de disfunção tiroideia encontrada é semelhante à descrita na literatura, para idosos da comunidade. Verificou-se uma associação entre os valores de TSH e ansiedade. Não foi encontrada associação entre os níveis das hormonas tiroideias e a presença de disfunção cognitiva ou sintomas depressivos https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/11045HipotiroidismoHipertiroidismoDistúrbios CognitivosDepressãoAnsiedadeIdoso |
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