Estratégia para Controlar o Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina: A Experiência de Cinco Anos de um Hospital
Introdução: O Staphylococcus aureus resistente à meticilina é um dos microrganismos multirresistentes mais frequentemente implicados em infeções associadas a cuidados de saúde. Definiu-se como objetivo implementar uma estratégia multimodal para controlar este microrganismo num hospital. Material e...
Main Authors: | , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Ordem dos Médicos
2014-02-01
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Series: | Acta Médica Portuguesa |
Online Access: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4736 |
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author | David Peres Isabel Neves Fernanda Vieira Ilda Devesa |
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Introdução: O Staphylococcus aureus resistente à meticilina é um dos microrganismos multirresistentes mais frequentemente implicados em infeções associadas a cuidados de saúde. Definiu-se como objetivo implementar uma estratégia multimodal para controlar este microrganismo num hospital.
Material e Métodos: Procedimento baseado em rastreio ativo e medidas de isolamento numa população selecionada (doentes provenientes de outras instituições de saúde e lares ou com historial de internamento/ staphylococcus aureus resistente à meticilina; doentes dos cuidados intensivos e intermédios e, nos restantes serviços, rastreio aos contactos diretos se detetado um novo caso de staphylococcus aureus resistente à meticilina e, desde 2012, hemodialisados). Outras ações paralelas: (1) revisão das normas Precauções Básicas e Isolamento; (2) reforço dos pontos de desinfeção alcoólica das mãos; (3) sessões de esclarecimento aos profissionais de saúde; (4) folha ‘Alerta de staphylococcus aureus resistente à meticilina’ no processo dos doentes; (5) panfleto de informação aos doentes/ visitas; (6) monitorização do procedimento através de auditoria e (7) descolonização de doentes nos cuidados intensivos e intermédios, com rastreios de follow-up.
Resultados: Entre 2007 e 2012 registou-se um decréscimo da proporção de staphylococcus aureus resistente à meticilina de 66% para 57% e da densidade de incidência de 1,80 para 0,68 casos por mil dias de internamento (p < 0,001; RR 0,38; IC95%: 0,29-0,49).
Discussão/Conclusão: De acordo com dados europeus publicados, referentes a isolados no sangue e líquor, Portugal foi o país com maior proporção de staphylococcus aureus resistente à meticilina em 2011. Utilizando este critério de inclusão, o nosso hospital revelou uma proporção de staphylococcus aureus resistente à meticilina inferior à média nacional (34% versus 55%). A estratégia multimodal demonstrou ser eficaz na diminuição dos casos de staphylococcus aureus resistente à meticilina. Salvaguarda-se a necessidade de realizar vigilância epidemiológica deste agente, bem como monitorização da aplicação do procedimento, com feedback aos profissionais de saúde.
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