Prevalência de doença cardiovascular numa população de doentes com síndrome de apneia obstrutiva do sono

Introdução: A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) induz uma série de alterações fisiopatológicas que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Entre estas, a hipertensão arterial (HTA) tem sido a mais estudada e cuja associação causal está mais bem estabelecida. Ex...

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Main Authors: José Pedro Boléo-Tomé, Sara Salgado, Ana Sofia Oliveira, Paula Pinto, António Bugalho, Amélia Feliciano, Cristina Canhão, Ana Rita Tavares Dias, Joana Isaac Teixeira, Cristina Bárbara
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2008-05-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
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description Introdução: A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) induz uma série de alterações fisiopatológicas que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Entre estas, a hipertensão arterial (HTA) tem sido a mais estudada e cuja associação causal está mais bem estabelecida. Existem poucos dados sobre a prevalência destas patologias nos doentes com SAOS em Portugal. Tipo de estudo: Análise retrospectiva. Métodos: Determinação da prevalência de patologias cardiovasculares e sua relação com os vários graus de gravidade da SAOS, mediante a análise dos processos de 305 doentes com diagnóstico de SAOS seguidos na Consulta de Patologia do Sono do nosso Hospital. Resultados: Verificou-se uma prevalência de doenças cardiovasculares de 76,7%, sendo a HTA a mais frequente (60%), seguida da cardiopatia isquémica (11,8%) e das disritmias (10,8%). Outros factores de risco cardiovasculares como a obesidade (61,3%), diabetes (20,3%), dislipidemia (43,3%) e tabagismo (49,8%) foram também encontrados num elevado número de doentes. Conclusão: Detectou-se uma elevada prevalência de HTA, pelo que num doente com o diagnóstico de HTA deve ser sempre avaliada a possibilidade de existência de SAOS. Por outro lado, a constatação de uma prevalência elevada de outros factores de risco cardiovascular potencia uma maior morbilidade e mortalidade nos doentes com SAOS.
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