PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO ESTADO DE PERNAMBUCO, ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2022

Introdução/objetivo: A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária endêmica no estado de Pernambuco e caracterizada por altas taxas de infecção, principalmente na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata. Portanto, o objetivo do estudo foi descrever a situação clínica epidemiológica da...

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Bibliographic Details
Main Authors: Thaysa Carolina Gonçalves Silva, Isabela Patrícia de Vasconcelos, Andrezza Marcela do Nascimento Moreira, Amanda Gabriela da Silva, Marisa Kele da Silva, Caroline Louise Diniz Pereira
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Brazilian Journal of Infectious Diseases
Subjects:
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023008279
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description Introdução/objetivo: A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária endêmica no estado de Pernambuco e caracterizada por altas taxas de infecção, principalmente na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata. Portanto, o objetivo do estudo foi descrever a situação clínica epidemiológica da esquistossomose no estado de Pernambuco, entre os anos de 2018 e 2022. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com dados secundários coletados por meio da plataforma do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, o SINAN. Os dados coletados correspondem aos casos de esquistossomose mansoni notificados no estado de Pernambuco entre os anos de 2018 e 2022, além de variáveis descritivas clínicas e epidemiológicas. Resultados: Durante o período do estudo 831 indivíduos foram notificados com esquistossomose no estado de Pernambuco. Em termos de distribuição dos casos por município de residência, Recife apresentou maior incidência (n = 167/831; 20,1%), seguida dos municípios de Chã de Alegria (n = 83/831; 9,9%), Panelas (n = 44/831; 5,2%) e Jaboatão dos Guararapes (n = 40/831; 4,8%). Ao analisar as formas clínicas, observou-se que 29% dos indivíduos (n = 241/831) foram diagnosticados com a forma intestinal, 9,6% com a forma hepatointestinal (n=80/831) e 13,7% com forma hepato esplênica (n = 114/831), no entanto, 37,42% dos casos não tiveram a forma clínica classificada (n = 311/831). O perfil dos indivíduos mais acometidos no período do estudo foi composto por pardos (n = 527/831; 63,4%) e do sexo masculino (n = 444/831; 53,43%). Em relação à faixa etária, os dados mostram que indivíduos entre 40 e 59 anos foram os mais acometidos pela doença (n = 281/831; n = 33,81%), entretanto, a faixa etária de 20 a 39 anos também apresentou número expressivo de notificações, com 226 casos (27,19%). Com relação à escolaridade, 42,11% dos casos informados não relataram a escolaridade (n = 350/831), porém, 14,9% dos casos ocorreram na população entre 1ª a 4ª série (n = 124/831). Conclusão: A esquistossomose permanece como uma doença de grande impacto para a saúde pública no estado de Pernambuco, sobretudo por apresentar alta endemicidade e isso refletir em todo ciclo de infecção/tratamento. A análise realizada direciona para a necessidade de haver mais estudos epidemiológicos a fim de compreender possíveis casos de subnotificação da doença no estado, como também uma notificação incompleta, uma vez que apenas 23,4% apresentaram forma clínica de acometimento hepático.
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