Summary: | Objetivos: Realizar uma análise sobre a epidemiologia e morbidade por anemia ferropriva na população pediátrica no Brasil, na última década, considerando as variáveis por local de residência, idade e sexo. Materiais e Métodos: Trata-se de uma análise retrospectiva, quantitativa e descritiva. realizado com o uso de dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS, foram correlacionados Internações por anemia por deficiência de ferro no Brasil no Brasil, faixa etária de até 9 anos de idade e sexo, entre os anos de 2012 a 2022. Resultados: Durante o período analisado, houveram ao todo 9.053 internações por anemia ferropriva na população pediátrica, entre os anos de 2012 a 2022. Entre os casos de internações, a faixa etária mais predominante foi a de 1 a 4 anos de idade, com um total de 4.264 crianças. Quando comparamos os anos de 2012 e 2022, houve um decréscimo, de 974 internações em 2012, para 871 em 2022. Apesar desta diminuição no número de internações durante os períodos, a região sudeste teve um aumento de 293 em 2012 e 307 internações pela faixa etária de menor de 1 ano a 9 anos. Discussão: Diante dos resultados apresentados, torna-se evidente a necessidade de reforçar a atuação dos serviços de saúde na prevenção da anemia ferropriva na população pediátrica. Ainda que houve uma diminuição geral nas internações ao longo dos anos, o número considerável de casos permanece um desafio para o sistema de saúde do país. O fato de a região Sudeste liderar em notificações e ter tido um aumento de casos de internações ao longo do período, pode ser atribuído à sua alta densidade populacional, mas também levanta preocupações, uma vez que é uma região com maiores recursos e níveis de escolaridade, sugerindo que os mais afetados podem ser grupos marginalizados e vulneráveis. Diante disto, é destacado a importância de aprimorar as estratégias de prevenção, educação nutricional e acesso a cuidados de saúde, visando enfrentar essa condição entre as crianças brasileiras. Conclusão: A análise sobre a morbidade por anemia ferropriva na população pediátrica brasileira ao longo da última década revela a persistência desse problema de saúde em nosso país. A liderança da região Sudeste em notificações e o aumento de casos nessa região sugerem a necessidade de um olhar mais atento para possíveis desigualdades no acesso aos serviços de saúde. É importante ressaltar que crianças pertencentes a grupos vulneráveis podem estar enfrentando barreiras no acesso a cuidados adequados. Diante disso, é fundamental fortalecer as estratégias de prevenção, educação nutricional e acesso a cuidados de saúde direcionados à anemia ferropriva na população pediátrica. A implementação de programas educativos que promovam a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a garantia do acesso a suplementos de ferro quando necessário são medidas cruciais para enfrentar esse desafio.
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