As críticas de Henri Bergson e de Maurice Merleau-Ponty aos enfoques materialistas do problema corpo-mente
Neste artigo, apresentamos as críticas de Henri Bergson e de Maurice Merleau-Ponty aos enfoques materialistas do problema corpo-mente. Tais enfoques são intrinsecamente ligados às ambições científicas, inauguradas com a modernidade, de totalizar os fenômenos que nos circundam e de unificar a diversi...
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Published: |
Universidade de São Paulo
2009-06-01
|
Series: | Psicologia USP |
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description | Neste artigo, apresentamos as críticas de Henri Bergson e de Maurice Merleau-Ponty aos enfoques materialistas do problema corpo-mente. Tais enfoques são intrinsecamente ligados às ambições científicas, inauguradas com a modernidade, de totalizar os fenômenos que nos circundam e de unificar a diversidade do mundo através de um único padrão explicativo. Bergson, em uma espécie de fenomenologia do ato perceptivo, buscou suplantar as teses materialistas da relação entre mente e cérebro. Atendo-se ao paralelismo psicofisiológico, mostrou que a percepção atende às necessidades do ser vivo. Além disso, abordou a relação entre memória e cérebro, combatendo a ideia de que as recordações possuam uma tal natureza que permita que elas sejam armazenadas na massa cerebral. Já Merleau-Ponty, n’A Estrutura do Comportamento, após realizar a crítica das concepções clássicas do funcionamento nervoso e depois de se apropriar dos resultados de pesquisas que apresentam o cérebro enquanto entidade coordenadora da estrutura do comportamento, apresenta uma visão do funcionamento nervoso apoiada no primado do mundo percebido a partir da noção de forma. Discutimos, ainda, as heranças filosóficas legadas por Bergson a Merleau-Ponty e algumas críticas deste à obra do seu antecessor. |
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spelling | doaj.art-44618194c07c4b2499c7a154992ec4f22022-12-21T23:21:02ZengUniversidade de São PauloPsicologia USP1678-51772009-06-0120219320810.1590/S0103-65642009000200004S0103-65642009000200004As críticas de Henri Bergson e de Maurice Merleau-Ponty aos enfoques materialistas do problema corpo-menteDanilo Saretta Verissimo0Reinaldo Furlan1Universidade de São PauloUniversidade de São PauloNeste artigo, apresentamos as críticas de Henri Bergson e de Maurice Merleau-Ponty aos enfoques materialistas do problema corpo-mente. Tais enfoques são intrinsecamente ligados às ambições científicas, inauguradas com a modernidade, de totalizar os fenômenos que nos circundam e de unificar a diversidade do mundo através de um único padrão explicativo. Bergson, em uma espécie de fenomenologia do ato perceptivo, buscou suplantar as teses materialistas da relação entre mente e cérebro. Atendo-se ao paralelismo psicofisiológico, mostrou que a percepção atende às necessidades do ser vivo. Além disso, abordou a relação entre memória e cérebro, combatendo a ideia de que as recordações possuam uma tal natureza que permita que elas sejam armazenadas na massa cerebral. Já Merleau-Ponty, n’A Estrutura do Comportamento, após realizar a crítica das concepções clássicas do funcionamento nervoso e depois de se apropriar dos resultados de pesquisas que apresentam o cérebro enquanto entidade coordenadora da estrutura do comportamento, apresenta uma visão do funcionamento nervoso apoiada no primado do mundo percebido a partir da noção de forma. Discutimos, ainda, as heranças filosóficas legadas por Bergson a Merleau-Ponty e algumas críticas deste à obra do seu antecessor.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642009000200004&lng=en&tlng=enProblema mente-cuerpoParalelismo psicofisiológicoBergson, Henri Louis, 1859-1941Merleau-Ponty, Maurice, 1908-1961 |
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