Summary: | “Para melhor entender o revelo brasileiro, é preciso conhecer também o continente sulamericano e seu dinamismo”, afirma Jurandyr Ross no artigo que abre esta edição de Continentes: Revista de Geografia do Departamento de Geociências da UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A “história dos espaços é a história dos poderes”, e para entender os mecanismos do poder é preciso “ir além do espaço como continente, fixação, buscá-lo como forma econômico-política”, explica em seu trabalho atiana Tramontani Ramos, a partir dos ensinamentos de Michel Foucault (Microfísica do poder, 1979) – algo lembrado inclusive no Editorial Inaugural do número inicial de Continentes. Em ambas as frases presentes neste segundo número que agora apresentamos a noção de “continente” é evocada – guardando as devidas peculiaridades analíticas – para a compreensão profícua do tempo-espaço contemporâneo. Seja na Geografia Física, onde o estudo do continente sul-americano permite uma melhor compreensão da geomorfologia brasileira; seja na Geografia
Humana, cujo intento é extravasar qualquer aprisionamento do conceito de espaço geográfico, torna-se oportuno registrar que a revista cumpre seu papel: a reflexão sobre os fenômenos espaciais em sua diversidade, envolvendo questões políticas, econômicas, sociais, culturais e ambientais.
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