Docência nas fronteiras: quilombo, raça e gênero

Os quilombos no Brasil consistem no mais evidente mecanismo de enfrentamento ao sistema escravista, emblema da resistência coletiva que constitui a diáspora africana. Em 2012 foram publicadas as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola. As recomendações e desafios dessa m...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Shirley Aparecida Miranda
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-graduação e Pequisa em Educação 2020-07-01
Series:Formação Docente (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação)
Online Access:https://www.revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/348
Description
Summary:Os quilombos no Brasil consistem no mais evidente mecanismo de enfrentamento ao sistema escravista, emblema da resistência coletiva que constitui a diáspora africana. Em 2012 foram publicadas as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola. As recomendações e desafios dessa modalidade de educação dirigem-se às professoras. Poderíamos falar então em uma docência quilombola? Esse artigo discute essa indagação a partir das narrativas de quatro professoras que se reconhecem quilombolas, se autodeclaram negras e atuam em escolas situadas nos territórios onde vivem. Seguimos nas trilhas das narrativas para evidenciar quem são e como se formaram docentes quilombolas e que deslocamentos produzem para a relação entre gênero e docência. O artigo está organizado em cinco tópicos. Após a introdução, discutimos os percalços da formação docente das professoras entrevistadas. No terceiro tópico refletimos sobre a relação gênero e raça e as desestabilizações que propõem a uma análise da profissão docente. No tópico seguinte, situamos as fronteiras em que constroem a docência quilombola e palavras finais
ISSN:2176-4360