Prevalência de Arritmias em Unidade de Terapia Intensiva Geral de Adultos
Este estudo prospectivo realizado na Santa Casa de Santos, no período de julho de 1995 a janeiro de 1996 teve como objetivo determinar a prevalência de arritmias cardíacas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) geral de adultos. Os 464 pacientes admitidos nessa UTI nesse período tiveram seus diag...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Linceu Editorial
1997-10-01
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Series: | Journal of Cardiac Arrhythmias |
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Online Access: | https://www.jca.org.br/jca/article/view/3088 |
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author | Arnaldo Duarte LOURENÇO Luiz Fernando Gomes da SILVA |
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description | Este estudo prospectivo realizado na Santa Casa de Santos, no período de julho de 1995 a janeiro de 1996 teve como objetivo determinar a prevalência de arritmias cardíacas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) geral de adultos. Os 464 pacientes admitidos nessa UTI nesse período tiveram seus diagnósticos principais agrupados em cardiológicos, respiratórios, neurológicos, neurocirúrgicos, renais, infecciosos, cirúrgicos, metabólicos, digestivos e outros. Apresentaram arritmias cardíacas significativas clínica e/ou hemodinamicamente 198 (42.6%), sendo que destes, 106 (53.5%) eram homens. O tempo médio de permanência na Unidade foi de 8.1 dias. A idade variou entre 14 e 94 anos (média de 63 anos). A média de eventos arrítmicos foi de 1.3/paciente. Em 28.2% das internaçoes, as arritmias ocorreram antes do ingresso do paciente na Unidade, enquanto que nos 71.8% restantes, ocorreram com os pacientes já na UTI. Com relaçao ao diagnóstico principal, houve fibrilaçao atrial (FA) em 27.7% dos diagnósticos cardiológicos, 35.5% entre os cirúrgicos, 30.9% entre as patologias respiratórias e 32.1 % entre as neurológicas. Entre as demais patologias, a taquicardia sinusal (TS) ocorreu em 42.3%. Considerando o diagnóstico complementar, dentre todas as patologias, a FA e a TS foram as mais prevalentes (40.9%), seguidas pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC - 18.6%), diabetes mellitus (DM - 17.6%), insuficiência cardíaca (IC - 15.1%) e sequelas de acidente vascular encefálico (AVE - 8.0%). A análise global revelou que a FA incidiu em 33.8% e a TS em 22.7% dos casos. A cardioversao química (CO) ocorreu em 50.5% e a cardioversao elétrica (CE) foi necessária em 17.6%. Foram instalados marcapassos temporários (MT) em 3.5% e marcapassos definitivos (MO) em 1.5%, enquanto que 26.7% nao receberam nenhum tipo de tratamento. As drogas mais utilizadas foram: digital, amiodarona, lidocaína e quinidina. A reversao ao ritmo sinusal (RS) ocorreu em 66.1 % dos casos. Dentre aqueles pacientes que apresentaram arritmias pré-UTI, 10.6% faleceram e dentre os que sofreram arritmias infra-UTI, ocorreram 38.3% de óbitos. Dentre os pacientes que tiveram FA, 58.2% faleceram. A prevalência de arritmias nessa UTI Geral de Adultos foi significativa, ocorrendo mais freqüentemente em patologias cardíacas, sendo a HAS o antecedente mórbido mais prevalente. As arritmias infra-UTI foram muito freqüentes e guardaram grande correlaçao com a incidência de óbitos. A FA foi a arritmia mais prevalente, havendo alta correlaçao com pacientes que vieram a falecer. |
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