O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos

Nesta pesquisa, intenta-se observar o papel da Morfologia Construcional na formação de antropônimos neológicos, segundo o aporte teórico da Linguística Cognitiva (BOOIJ, 2005; 2007; 2010; GOLDBERG, 1995; 2006). Os antropônimos em questão provêm do corpus analisado por Rodrigues (2019), a saber, as f...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Letícia Santos Rodrigues
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2020-04-01
Series:Revista Linguística
Subjects:
Online Access:https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/31661
_version_ 1818240191627788288
author Letícia Santos Rodrigues
author_facet Letícia Santos Rodrigues
author_sort Letícia Santos Rodrigues
collection DOAJ
description Nesta pesquisa, intenta-se observar o papel da Morfologia Construcional na formação de antropônimos neológicos, segundo o aporte teórico da Linguística Cognitiva (BOOIJ, 2005; 2007; 2010; GOLDBERG, 1995; 2006). Os antropônimos em questão provêm do corpus analisado por Rodrigues (2019), a saber, as fichas de registros dos indivíduos que, ao fim do século XIX até início do século XXI, desejaram se vincular à Ordem Terceira do Carmo, localizada no Centro Histórico de Salvador/BA. O critério de seleção dos antropônimos é que estes apresentem, em suas construções, formativos vinculados parcial ou integralmente a uma origem germânica, em razão do fator histórico da ocupação da Península Ibérica pelos considerados “povos germânicos”, que influenciou o léxico antroponímico do Brasil não só pela presença desses formativos, mas também pela herança do modelo bitemático, a partir do qual a união de duas bases resulta em um novo item lexical. A consideração do critério neológico advém de os antropônimos não constarem em alguns dos principais dicionários onomásticos em língua portuguesa: Nascentes (1952), Guérios (1981) e Machado (2003). Dentre os resultados encontrados, é possível confirmar a presença do modelo bitemático nos antropônimos neológicos. Outro fato confirmado é o de que os indivíduos, quando expostos a um conjunto de antropônimos que se utilizam de dado formativo ou a um antropônimo muito produtivo, são capazes, por analogia, de depreender o modelo e reproduzi-lo ao criar novos antropônimos, como é possível demonstrar a partir de esquemas construcionais específicos, segundo os pressupostos da Linguística Cognitiva.
first_indexed 2024-12-12T13:09:31Z
format Article
id doaj.art-4607e9e07e974af2a019150fc10246c2
institution Directory Open Access Journal
issn 1808-835X
2238-975X
language Portuguese
last_indexed 2024-12-12T13:09:31Z
publishDate 2020-04-01
publisher Universidade Federal do Rio de Janeiro
record_format Article
series Revista Linguística
spelling doaj.art-4607e9e07e974af2a019150fc10246c22022-12-22T00:23:33ZporUniversidade Federal do Rio de JaneiroRevista Linguística1808-835X2238-975X2020-04-0116110812310.31513/linguistica.2020.v16n1a3166116232O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicosLetícia Santos Rodrigues0Universidade de São PauloNesta pesquisa, intenta-se observar o papel da Morfologia Construcional na formação de antropônimos neológicos, segundo o aporte teórico da Linguística Cognitiva (BOOIJ, 2005; 2007; 2010; GOLDBERG, 1995; 2006). Os antropônimos em questão provêm do corpus analisado por Rodrigues (2019), a saber, as fichas de registros dos indivíduos que, ao fim do século XIX até início do século XXI, desejaram se vincular à Ordem Terceira do Carmo, localizada no Centro Histórico de Salvador/BA. O critério de seleção dos antropônimos é que estes apresentem, em suas construções, formativos vinculados parcial ou integralmente a uma origem germânica, em razão do fator histórico da ocupação da Península Ibérica pelos considerados “povos germânicos”, que influenciou o léxico antroponímico do Brasil não só pela presença desses formativos, mas também pela herança do modelo bitemático, a partir do qual a união de duas bases resulta em um novo item lexical. A consideração do critério neológico advém de os antropônimos não constarem em alguns dos principais dicionários onomásticos em língua portuguesa: Nascentes (1952), Guérios (1981) e Machado (2003). Dentre os resultados encontrados, é possível confirmar a presença do modelo bitemático nos antropônimos neológicos. Outro fato confirmado é o de que os indivíduos, quando expostos a um conjunto de antropônimos que se utilizam de dado formativo ou a um antropônimo muito produtivo, são capazes, por analogia, de depreender o modelo e reproduzi-lo ao criar novos antropônimos, como é possível demonstrar a partir de esquemas construcionais específicos, segundo os pressupostos da Linguística Cognitiva.https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/31661onomástica. morfologia construcional. linguística cognitiva.
spellingShingle Letícia Santos Rodrigues
O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos
Revista Linguística
onomástica. morfologia construcional. linguística cognitiva.
title O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos
title_full O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos
title_fullStr O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos
title_full_unstemmed O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos
title_short O papel da morfologia construcional na formação de antropônimos neológicos
title_sort o papel da morfologia construcional na formacao de antroponimos neologicos
topic onomástica. morfologia construcional. linguística cognitiva.
url https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/31661
work_keys_str_mv AT leticiasantosrodrigues opapeldamorfologiaconstrucionalnaformacaodeantroponimosneologicos