Percepção de risco para HIV em clínicas de planejamento familiar no Brasil

Objetivo: Como os serviços de planejamento familiar incluiram em suas atividades ações de prevenção para as DSTs/ AIDS, tornase um ponto importante identificar as mulheres que necessitam de tal atenção. Métodos: Em 1992, clínicas da BEMFAM em Recife e no Rio de Janeiro utilizarando duas metodologia...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ney Costa, Elizabeth Ferraz, Patricia Bailey
Format: Article
Language:English
Published: Zeppelini Editorial e Comunicacao 1994-12-01
Series:DST
Online Access:https://bjstd.org/revista/article/view/57
Description
Summary:Objetivo: Como os serviços de planejamento familiar incluiram em suas atividades ações de prevenção para as DSTs/ AIDS, tornase um ponto importante identificar as mulheres que necessitam de tal atenção. Métodos: Em 1992, clínicas da BEMFAM em Recife e no Rio de Janeiro utilizarando duas metodologias para avaliar, com seus clientes, os riscos da infecção pelo HIV. Uma metodologia consistiu na aplicação de um questionário de verificação de sete fatores de risco. A outra metodologia consistiu em uma pergunta de autopercepção "Depois de tudo que conversamos hoje, você acha que está em risco para infecção pelo HIV?" Resultados: De acordo com o questionário de verificação, 36% das mulheres em Recife e 38% no Rio de Janeiro, foram consideradas em risco. Os fatores de risco relacionados no questionário incluíam a presença de lesões genitais, prática do coito anal e vida sexual com parceiros masculinos que têm relações com várias parceiras. Apenas a prática do sexo anal variou por cidade. A pergunta de auto-percepção denotou 42% em risco no Recife e 68% no Rio. Comparando idade, instrução, estado civil, residência e freqüência do uso de condom, residir no Rio e ter maior nível educacional, elevava significativamente a probabilidade das mulheres distinguirem o risco por si próprias. Conclusões: Os resultados revelam que, após receber informção e orientação sobre a AIDS, muitas clientes de planejamento familiar percebem por si próprias risco para infecção pelo HIY, e que os serviços podem assisti-las, esclarecendo e discutindo comportamentos que reduzam as possibilidades da exposição ao HIV.
ISSN:2177-8264