É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação
O artigo reflete sobre os impactos da implantação das assim chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em áreas favelizadas da cidade do Rio de Janeiro e, em particular, sobre práticas e eventos musicais e públicos aos mesmos relacionados, em um conjunto específico de favelas, a Maré. Para tal...
Main Authors: | , , , , , , , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual do Paraná
2015-12-01
|
Series: | Revista Vortex |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.revistavortex.com/musicultura_v3_n2.pdf |
_version_ | 1828978832444489728 |
---|---|
author | Alexandre Dias da Silva Alice Emery Elza Maria Cristina Laurentino de Carvalho Jaqueline Calazans Juliana Catinin Matheus Nogueira Pessoa Naiane Santos da Silva Rodrigo Heringer Samuel Araujo Sinesio Jefferson Andrade Silva Sterre Gilsing |
author_facet | Alexandre Dias da Silva Alice Emery Elza Maria Cristina Laurentino de Carvalho Jaqueline Calazans Juliana Catinin Matheus Nogueira Pessoa Naiane Santos da Silva Rodrigo Heringer Samuel Araujo Sinesio Jefferson Andrade Silva Sterre Gilsing |
author_sort | Alexandre Dias da Silva |
collection | DOAJ |
description | O artigo reflete sobre os impactos da implantação das assim chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em áreas favelizadas da cidade do Rio de Janeiro e, em particular, sobre práticas e eventos musicais e públicos aos mesmos relacionados, em um conjunto específico de favelas, a Maré. Para tal, entrecruza a análise de bibliografia selecionada e os resultados de pesquisas de campo junto a MCs, DJs e produtores de eventos, antes e depois do início da ocupação militar da Maré, com vistas à implantação de UPPs na região. Conclui-se que, seguindo tendências imemoriais de clientelismo e assistencialismo que encobrem padrões de autoritarismo, alienação e extermínio de setores percebidos como vulneráveis a uma sociedade desigual, as referidas políticas públicas reproduzem ou reforçam estereótipos culturais associados às classes perigosas e abrem caminho a "leis" de exceção em torno de práticas musicais, solapando fundamentos básicos a um Estado democrático e de direitos. |
first_indexed | 2024-12-14T15:26:36Z |
format | Article |
id | doaj.art-472e4b3ddecf4e2cad417342292ce62d |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2317-9937 2317-9937 |
language | English |
last_indexed | 2024-12-14T15:26:36Z |
publishDate | 2015-12-01 |
publisher | Universidade Estadual do Paraná |
record_format | Article |
series | Revista Vortex |
spelling | doaj.art-472e4b3ddecf4e2cad417342292ce62d2022-12-21T22:56:00ZengUniversidade Estadual do ParanáRevista Vortex2317-99372317-99372015-12-0132149158É permitido proibir: a práxis sonora da pacificaçãoAlexandre Dias da Silva0Alice Emery1Elza Maria Cristina Laurentino de Carvalho2Jaqueline Calazans3Juliana Catinin4Matheus Nogueira Pessoa5Naiane Santos da Silva6Rodrigo Heringer7Samuel Araujo8Sinesio Jefferson Andrade Silva9Sterre Gilsing10Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro O artigo reflete sobre os impactos da implantação das assim chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em áreas favelizadas da cidade do Rio de Janeiro e, em particular, sobre práticas e eventos musicais e públicos aos mesmos relacionados, em um conjunto específico de favelas, a Maré. Para tal, entrecruza a análise de bibliografia selecionada e os resultados de pesquisas de campo junto a MCs, DJs e produtores de eventos, antes e depois do início da ocupação militar da Maré, com vistas à implantação de UPPs na região. Conclui-se que, seguindo tendências imemoriais de clientelismo e assistencialismo que encobrem padrões de autoritarismo, alienação e extermínio de setores percebidos como vulneráveis a uma sociedade desigual, as referidas políticas públicas reproduzem ou reforçam estereótipos culturais associados às classes perigosas e abrem caminho a "leis" de exceção em torno de práticas musicais, solapando fundamentos básicos a um Estado democrático e de direitos.http://www.revistavortex.com/musicultura_v3_n2.pdfMúsicapráxis sonoraUPPsMaréRio de Janeiro |
spellingShingle | Alexandre Dias da Silva Alice Emery Elza Maria Cristina Laurentino de Carvalho Jaqueline Calazans Juliana Catinin Matheus Nogueira Pessoa Naiane Santos da Silva Rodrigo Heringer Samuel Araujo Sinesio Jefferson Andrade Silva Sterre Gilsing É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação Revista Vortex Música práxis sonora UPPs Maré Rio de Janeiro |
title | É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação |
title_full | É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação |
title_fullStr | É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação |
title_full_unstemmed | É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação |
title_short | É permitido proibir: a práxis sonora da pacificação |
title_sort | e permitido proibir a praxis sonora da pacificacao |
topic | Música práxis sonora UPPs Maré Rio de Janeiro |
url | http://www.revistavortex.com/musicultura_v3_n2.pdf |
work_keys_str_mv | AT alexandrediasdasilva epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT aliceemery epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT elzamariacristinalaurentinodecarvalho epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT jaquelinecalazans epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT julianacatinin epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT matheusnogueirapessoa epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT naianesantosdasilva epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT rodrigoheringer epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT samuelaraujo epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT sinesiojeffersonandradesilva epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao AT sterregilsing epermitidoproibirapraxissonoradapacificacao |